Esportes
Grego que salvou Vanderlei Cordeiro de ataque nos Jogos de 2004 morre em Atenas
Última atualização: 22/01/2024 10:03
O dia 29 de agosto de 2004 ficou marcado para a história dos Jogos OlÃmpicos de Atenas. Durante a disputa da maratona, o ex-padre irlandês Cornelius Horan invadiu a pista e atacou Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a prova, atirando-o contra a multidão. O atleta foi salvo por Polyvios Kossivas, um dos tantos torcedores presentes, que recolocou o fundista para a prova. No fim, o brasileiro cruzou em terceiro graças a seu herói. Nesta quarta-feira, O Comitê OlÃmpico do Brasil (COB) lamentou a morte do grego de 71 anos.
"É com o mais profundo pesar que o Comitê OlÃmpico do Brasil (COB) comunica a morte do grego Polyvios Kossivas, aos 71 anos, na última semana, na Grécia. Kossivas foi protagonista de um dos mais importantes capÃtulos da história do esporte olÃmpico brasileiro. Durante a maratona nos Jogos OlÃmpicos Atenas 2004, anônimo na multidão que acompanhava a prova, ele viu que o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, então lÃder da corrida, havia sido derrubado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan. Ele invadiu a pista, empurrou o agressor e permitiu que Vanderlei continuasse na prova para terminar na terceira posição e conquistar a medalha de bronze", lamentou o COB.
O brasileiro voltou à disputa e conseguiu ir até o fim, cruzando a linha de chegada em terceiro, simulando um avião para comemorar a conquista do bronze. Pouco tempo depois, Vanderlei Lima recebeu a medalha Pierre de Coubertin, dedicada pelo Comitê OlÃmpico Internacional (COI) a quem melhor representa os valores olÃmpicos - é o único brasileiro a ter recebido a comenda.
"Naquele momento, Polyvios Kossivas se transformou em um herói do esporte olÃmpico nacional, por uma atitude que é lembrada e reverenciada até hoje no Brasil e no mundo. O COB lamenta a morte de Polyvios e gostaria de transmitir o mais profundo sentimento aos seus familiares", afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.
O reconhecimento pela atitude nobre do grego foi imediato no Brasil. Ainda em 2004, Kossivas veio ao Rio a convite do COB e foi homenageado no Prêmio Brasil OlÃmpico, subindo ao palco para reencontrar com Vanderlei Cordeiro. Das mãos do atleta, recebeu um troféu pelo ato, sendo aplaudido e ovacionado de pé pelos presentes.
"Ele era um homem simples, generoso, carinhoso e altruÃsta. Adorava minha mãe (Ioulia) e eu. Ele me criou me dando tudo generosamente. Era um viciado em trabalho, incansável, sem nunca reclamar. Acordava todos os dias à s 6h. Era respeitado por todos", escreveu Smaragda Tsirka, filha de Polyvios, em mensagem enviada ao COB. "Amava as pessoas, os animais e a natureza. Tinha um grande senso de humor e era um excelente cozinheiro. Ele era o amigo que todos gostariam de ter. O pai que todo filho deveria ter. Se todas as pessoas fossem como ele, o mundo em que vivemos seria maravilhoso."
O dia 29 de agosto de 2004 ficou marcado para a história dos Jogos OlÃmpicos de Atenas. Durante a disputa da maratona, o ex-padre irlandês Cornelius Horan invadiu a pista e atacou Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a prova, atirando-o contra a multidão. O atleta foi salvo por Polyvios Kossivas, um dos tantos torcedores presentes, que recolocou o fundista para a prova. No fim, o brasileiro cruzou em terceiro graças a seu herói. Nesta quarta-feira, O Comitê OlÃmpico do Brasil (COB) lamentou a morte do grego de 71 anos.
"É com o mais profundo pesar que o Comitê OlÃmpico do Brasil (COB) comunica a morte do grego Polyvios Kossivas, aos 71 anos, na última semana, na Grécia. Kossivas foi protagonista de um dos mais importantes capÃtulos da história do esporte olÃmpico brasileiro. Durante a maratona nos Jogos OlÃmpicos Atenas 2004, anônimo na multidão que acompanhava a prova, ele viu que o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, então lÃder da corrida, havia sido derrubado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan. Ele invadiu a pista, empurrou o agressor e permitiu que Vanderlei continuasse na prova para terminar na terceira posição e conquistar a medalha de bronze", lamentou o COB.
O brasileiro voltou à disputa e conseguiu ir até o fim, cruzando a linha de chegada em terceiro, simulando um avião para comemorar a conquista do bronze. Pouco tempo depois, Vanderlei Lima recebeu a medalha Pierre de Coubertin, dedicada pelo Comitê OlÃmpico Internacional (COI) a quem melhor representa os valores olÃmpicos - é o único brasileiro a ter recebido a comenda.
"Naquele momento, Polyvios Kossivas se transformou em um herói do esporte olÃmpico nacional, por uma atitude que é lembrada e reverenciada até hoje no Brasil e no mundo. O COB lamenta a morte de Polyvios e gostaria de transmitir o mais profundo sentimento aos seus familiares", afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.
O reconhecimento pela atitude nobre do grego foi imediato no Brasil. Ainda em 2004, Kossivas veio ao Rio a convite do COB e foi homenageado no Prêmio Brasil OlÃmpico, subindo ao palco para reencontrar com Vanderlei Cordeiro. Das mãos do atleta, recebeu um troféu pelo ato, sendo aplaudido e ovacionado de pé pelos presentes.
"Ele era um homem simples, generoso, carinhoso e altruÃsta. Adorava minha mãe (Ioulia) e eu. Ele me criou me dando tudo generosamente. Era um viciado em trabalho, incansável, sem nunca reclamar. Acordava todos os dias à s 6h. Era respeitado por todos", escreveu Smaragda Tsirka, filha de Polyvios, em mensagem enviada ao COB. "Amava as pessoas, os animais e a natureza. Tinha um grande senso de humor e era um excelente cozinheiro. Ele era o amigo que todos gostariam de ter. O pai que todo filho deveria ter. Se todas as pessoas fossem como ele, o mundo em que vivemos seria maravilhoso."