CONFIRA OS CRIMES
Polícia indicia torcedor do Inter que invadiu campo com filha no colo e cometeu agressões
Inquérito foi remetido para o Juizado do Torcedor e Grandes Eventos da Comarca de Porto Alegre
Última atualização: 29/02/2024 08:12
A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (30), o inquérito que investigava o torcedor do Internacional que invadiu o gramado do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, com a filha no colo e cometeu agressões após o time ser eliminado do Campeonato Gaúcho no último domingo (26). Ele foi indiciado pelos crimes de invasão ao campo e de lesão corporal contra um jornalista. O documento foi remetido para o Juizado do Torcedor e Grandes Eventos da Comarca de Porto Alegre.
De acordo com o delegado Vinicius Nahan, durante o interrogatório, o homem, de 33 anos, confessou ter dado chutes no lateral-esquerdo do Caxias Dudu Mandai e também em um cinegrafista da RBS TV, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul. Ele, contudo, alegou ter praticado as agressões para se defender e que o portão de acesso ao gramado teria sido aberto por funcionários do clube para ficar em segurança com a filha fora das arquibancadas.
No entanto, após ouvir duas testemunhas que trabalhavam no jogo e analisar as imagens enviadas pelo clube e por emissora de TV, o delegado concluiu no inquérito que, apesar das alegações, o indiciado partiu em direção ao tumulto e acessou partes do gramado sem autorização. Além disso, o documento destaca também que a agressão contra o jornalista, ao contrário da versão do suspeito, foi gratuita e não foi praticada em situação de defesa.
O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a lesão corporal sofrida pelo jornalista, descrita como “na perna esquerda em região proximal ântero-lateral há escoriação, medindo dois centímetros por um centímetro e meio”.
O jogador agredido, conforme o delegado, ainda não representou criminalmente contra o homem. À Polícia, ele alegou que esperará até os jogos da final do campeonato ocorrerem. Nahan ressalta que o prazo legal para a vítima fazer a denúncia é de seis meses.