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COLORADO

CATÁSTROFE NO RS: "Nós não vamos abandonar o nosso povo", diz Alessandro Barcellos

Presidente também falou que conversa com Alberto Guerra e é contra a continuação do Campeonato Brasileiro

Jorge Grimaldi
Publicado em: 08/05/2024 às 19h:02 Última atualização: 09/05/2024 às 08h:11
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Depois das declarações do presidente gremista Alberto Guerra, na terça-feira (8), o mandatário do Inter, Alessandro Barcellos, nesta quarta (9), também se pronunciou sobre o momento de calamidade vivido no Rio Grande do Sul.

Alessandro Barcellos  | abc+



Alessandro Barcellos

Foto: Divulgação

“Queria deixar uma mensagem muito importante. Em torno dessa informação, de que os clubes estão dispondo as suas estruturas, a gente agradece. Mas a gente quer deixar muito claro isso. Nós não vamos abandonar o nosso povo nesse momento. Nós não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar as pessoas aqui sofrendo. Isso é fundamental nesse momento. Fica essa mensagem de agradecimento a todos, mas um pedido de compreensão para que a gente possa achar uma solução que pense nas milhões de pessoas que foram atingidas por essa tragédia”, disse em entrevista ao SporTV.

Neste momento de união entre o povo gaúcho, Barcellos disse que está em contato com os outros presidentes gaúchos.

“Falo do presidente Alberto Guerra (Grêmio) e o presidente Fábio, do Juventude, e a nossa posição tem sido conjunta. Estamos trabalhando juntos para passar esse momento difícil de salvar vidas e depois o momento de recuperação de casas, toda uma infra-estrutura e condição de vida dos gaúchos.”

Ao ser questionado sobre quanto tempo demoraria para colocar o Beira-Rio em condições de jogo. Barcellos projetou 60 dias, mas só depois que a situação for normalizada – em 1941, o nível da água demorou cerca de 30 dias para voltar ao normal. O Colorado disse também que não é possível mensurar os danos causados pelas chuvas e enchentes.

“Não é possível ainda, está tudo embaixo da água. Temos aí 417 municípios afetados, mais de 1 milhão de pessoas afetadas. Temos funcionários que perderam suas casas e outros que tiveram de ser resgatados. Toda uma consequência social que não é possível mensurar. O mais importante é o patrimônio da vida, tirar as pessoas dessa situação.

Suspensão dos jogos pela CBF

Nesta terça-feira, a CBF confirmou a suspensão dos jogos dos times gaúchos em competições nacionais.

“Foi uma medida emergencial. Falei para o presidente Ednaldo (Rodrigues) de a gente ter uma condição de sequer está preocupado com isso porque não temos condição. Tínhamos um jogo marcado para sexta-feira que só foi desmarcado ontem (terça). Já era para ter sido desmarcado há muito tempo. Uma medida emergencial que julgo insuficiente para o tamanho da tragédia que estamos vivendo. Sei que é difícil para quem não está aqui ter essa dimensão, mas não foi uma região específica, o Estado inteiro foi atingido, cidades devastadas. Em Porto Alegre, 85% das pessoas estão sem água, quase todas as regiões da cidade foram atingidas.”

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