Depois de mais de 100 dias sem jogar no seu estádio, no dia 1º de setembro, o Grêmio voltou a jogar na Arena, com o time em situação nada confortável no Brasileirão, e perdeu para o Atlético-MG, por 3 a 2. De lá pra cá, se passaram quase três meses. A perspectiva de melhora que vinha nas falas de Renato Portaluppi não se concretizou, e o time segue ameaçado, próximo da zona de rebaixamento. Depois de mais um jogo em casa, dessa vez um empate em 2 a 2 com o Juventude, o treinador novamente citou o período longe longe da capital gaúcha como culpado pela fase do time, mas reafirmou que o clube não vai jogar a Série B em 2025.
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Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO
“O Grêmio está sofrendo hoje por causa da enchente. Se você for ver todos os anos que eu trabalhei no Grêmio, sempre brigamos na parte de cima da tabela, chegando na Libertadores. Esse ano, jogamos muitos jogos fora da Arena. E a Arena faz a diferença. Aí você me diz que agora estamos jogando na Arena. Só que aí entra a parte psicológica. Não estamos na parte de cima. Aí a torcida se irrita por causa do resultado, a gente perde jogador suspenso, convocado, lesionado. E estamos pagando o preço por não ter jogado na Arena e por termos perdido muitos pontos fora daqui”, disse o treinador após o confronto com o clube da Serra.
Desde que voltou à Arena, o Grêmio teve seis jogos com mando de campo em Porto Alegre. Foram três vitórias, sobre Flamengo, Fortaleza e Atlético-GO, duas derrotas, para Atlético-MG e Criciúma e um empate com o Juventude.
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Desta vez, entretanto, Renato assumiu parte da culpa e disse que “eu posso dar um pouco mais, os jogadores podem dar um pouco mais. Tenho que dar os parabéns para a nossa torcida. Incentivaram, aplaudiram, nas dificuldades. Quarenta mil pessoas na Arena, com todo o respeito ao Juventude, nós poderíamos ter feito mais. Não foi o resultado que a gente queria, de maneira alguma. Até porque a gente não fez por merecer a vitória, mas conseguimos um ponto importante, justamente pela coragem de todo mundo, de termos ido para cima do adversário e conseguirmos esse gol. Temos que dar muito mais”.
Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO
“O Grêmio não cai”
Apesar de admitir a culpa, o técnico mantém a confiança na permanência. “Esse pensamento do rebaixamento nunca passou pela minha cabeça. Temos jogos difíceis pela frente. Dois em casa e dois fora”. Ele ainda projeta que com com 43 ou 44 pontos o time deve escapar da degola e reafirma: “enquanto eu estiver por aqui, o Grêmio não cai”.
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A projeção do comandante pode estar correta. Segundo os números do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o time que chegar a 44 pontos tem apenas 3,6% de chance de cair para a segundona.
Time mexido
Durante a coletiva, o ídolo gremista ainda citou a dificuldade para adaptar o time para o duelo, devido aos jogadores lesionados e convocados para as suas seleções. “Em três/quatro dias vocês querem que o treinador mude o esquema e que dê tudo certo no dia do jogo? Nem um mágico consegue fazer isso”. O técnico se refere às mudanças que teve que propor por conta das ausências de Villasanti, Aravena e Soteldo. No entanto, entre o jogo desta quarta e a partida anterior, contra o Palmeiras, teve 12 dias de preparação.
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O que vem pela frente
Com 40 pontos na tabela, o Grêmio é o 13º colocado no Brasileirão, faltando quatro jogos para o fim do campeonato. O time ainda enfrenta Cruzeiro (fora), São Paulo (casa), Vitória (fora) e Corinthians (casa).
Conforme o levantamento da UFMG, atualmente a chance do Tricolor de jogar a Série B é de apenas 6,4%. Já para se classificar à Copa Sul-Americana, as estatísticas apontam mais de 50% de chances.
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