Em um período de menos de 15 dias o Grêmio se deparou com duas decisões por pênaltis. Depois da derrota na Copa do Brasil, as penalidades apareceram no jogo desta terça-feira (20), contra o Fluminense, no duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Após o Tricolor carioca vencer no tempo normal por 2 a 1 – e ficar 3 a 3 no agregado -, a vaga às quartas de final foi decidida na marca da cal: melhor para o time do Rio, que venceu por 4 a 2. No tempo normal, Thiago Silva e Arias marcaram, enquanto Gustavo Nunes descontou.
Foto: MARINA GARCIA/FLUMINENSE
A vantagem gremista conquistada em Curitiba durou menos de 15 minutos. Fazendo valer o mando de campo, o time do Rio de Janeiro foi superior na etapa inicial e foi para o intervalo com uma boa vantagem. Logo no início do jogo já era possível sentir como seria o decorrer dos 45 minutos.
A primeira finalização da partida foi do Tricolor carioca, aos 5, com Arias, que estava em uma noite inspirada, mas a finalização foi pela linha de fundo. O colombiano tentou novamente aos 9 e, mais uma vez, errou o alvo.
O Grêmio não conseguia fazer a ligação entre a defesa e o ataque, muito por causa do esquema de Renato Portaluppi, que escalou a equipe com três zagueiros e sem um meia de criação.
Controlando o jogo, não demorou para o Flu abrir o placar. Após escanteio, Thiago Silva subiu mais do que a defesa gremista e inaugurou o marcador aos 14 minutos, acabando com a vantagem gaúcha.
O Tricolor do Rio aumentou aos 28. Após contra-ataque, Arias avançou e chutou cruzado. A bola bateu no braço de Dodi e saiu. Depois de cerca de cinco minutos de análise do VAR, o pênalti foi marcado. O próprio Arias cobrou e fez.
O Grêmio sentiu os golpes. O sistema montado por Portaluppi não funcionou nos primeiros 45 minutos. Braithwaite pouco tocou na bola, assim como Soteldo e Pavon. A equipe gaúcha não finalizou uma vez sequer. Com a boa vantagem, o time de Mano Menezes esperava e tentava o terceiro em contra-ataques.
Segundo tempo
Precisando de pelo menos um gol, Renato mudou no intervalo. Saíram Kannemann e Pavon para as entradas de Cristaldo e Gustavo Nunes, mas quem quase marcou foi o Flu. No primeiro minuto, Ganso acertou o travessão de Marche.
O primeiro arremate do Grêmio foi aos 5 minutos. Depois de cruzamento de Reinaldo, Gustavo Nunes obrigou Fábio a fazer linda defesa de mão trocada. Gustavinho teve grande chance de diminuir logo em seguida, mas o atacante, sozinho na pequena área, desperdiçou outra oportunidade.
O Tricolor gaúcho melhorou, e o Fluminense já não oferecia tanto perigo. Aos 22, Monsalve foi para o jogo na vaga de Dodi. Aos 25 minutos, Jemerson marcou, mas foi assinalado impedimento na jogada.
Aos 31, o time gaúcho entrou novamente na briga pela vaga às quartas. Monsalve fez jogada pela direita e cruzou. Fábio deu leve desvio e a bola sobrou para Gustavo Nunes, que só empurrou. Gustavinho pode ter feito sua última partida pelo Grêmio. Aos 37, saiu Braithwaite e entrou Arezo. John Kennedy teve um gol anulado aos 40 minutos. A última cartada de Renato foi colocar Nathan Pescador na vaga de Soteldo.
Os minutos finais foram do Fluminense, que ocupou o campo de ataque com mais intensidade. O Grêmio soube se defender e levou a decisão para os pênaltis.
Pelo Flu, Thiago Silva, Kennedy, Lima e Arias fizeram. Ganso perdeu. No Grêmio, Reinaldo, Monsalve fizeram. Nathan Pescador e Cristaldo perderam.
Agora o Grêmio vai focar exclusivamente no Brasileirão, única competição que resta na temporada. O próximo jogo será no domingo (25), às 16 horas, contra o Criciúma, no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina.
O jogo
Terça-feira/ Maracanã, Rio de Janeiro. Árbitro: Andres Matonte, auxiliado por Nicolas Taran e Pablo Llarena (trio do Uruguai).
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Fluminense 2 (4)
Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Thiago Santos (Felipe Melo) e Guga (Esquerdinha); André, Martinelli (Nonato) e Ganso; Arias, Serna (Lima), Kauã Elias (John Kennedy). Técnico: Mano Menezes.
Grêmio 1 (2)
Marchesín; Gustavo Martins, Jemerson e Kannemann (Cristaldo); João Pedro, Villasanti, Dodi (Monsalve) e Reinaldo; Pavon (Gustavo Nunes), Soteldo (Nathan) e Braithwaite (Arezo). Técnico: Renato Portaluppi.
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