Técnico do Novo Hamburgo comenta empate e fala sobre sequência para Breno e falta de sensibilidade da CBF

O Novo Hamburgo voltou a jogar no Estádio do Vale pela primeira vez na tarde deste sábado (8) após três meses, consequência do rebaixamento no Gauchão e adiamento de rodadas do Campeonato Brasileiro Série D devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. A partida contra o Hercílio Luz, que terminou em 1 a 1, também marcou a estreia em casa do técnico Lucas Isotton, uma vez que as duas primeiras partidas da Série D foram disputadas fora de casa.

Em entrevista coletiva após o empate em 1 a 1, Isotton disse que estava ansioso para encontrar o torcedor anilado, mas também de voltar ao seu Estado - Isotton é natural de Caxias e estava treinando o Concórdia, de Santa Catarina, antes de acertar com o Novo Hamburgo. “Era o que eu mais queria, seria muito bom estrear com uma vitória, mas temos que destacar os dois goleiros. Tanto o Breno quanto o adversário fizeram grandes defesas. Foi um jogo onde as duas equipes tiveram chances de sair vencedoras. Nosso primeiro tempo foi muito bom, lamentamos por não fazer o segundo gol que nos traria um pouco mais de tranquilidade no segundo tempo”, pontuou.

Sequência para Breno

Assim como na rodada anterior, o goleiro Breno Boeno, de 22 anos e cria da base anilada, teve mais uma ótima atuação, salvando o Novo Hamburgo em diversas oportunidades. Isotton revelou que em sua primeira conversa com o grupo de atletas, ele disse que o campo é quem iria falar mais alto. “O futebol é muito dinâmico e as oportunidades aparecem. Acho que o Breno, nem nos melhores sonhos, imaginava que pra ele isso seria tão rápido como aconteceu. É um menino dedicado, que trabalha, e está colhendo aquilo que ele plantou. A partir de agora ele vai ter uma sequência e tem que continuar trabalhando e produzindo que as coisas vão continuar acontecendo”.

“A CBF não teve bom senso”

Ao projetar o próximo confronto pela Série D, também diante do Hercílio Luz, mas desta vez em Tubarão/SC, o técnico Lucas Isotton disse que será mais um jogo difícil contra um adversário com qualidade e maior investimento. No entanto, também criticou a CBF pela forma como foi reajustada a sequência de jogos. “Nós temos um grupo mais reduzido, projetado para jogar de domingo a domingo. É claro que ninguém tinha dimensão do que viria a acontecer, mas quando vem a CBF marca os jogos sem nenhuma recuperação de quarta a domingo, nós não teremos tempo de descanso. Agora não adianta lamentar, não houve o bom senso, é importante salientar isso, a gente tem que se superar”, disse.

Orgulho para a torcida

Mesmo sem ter participado da campanha do rebaixamento no Gauchão 2024, Isotton afirma que se coloca na pele do torcedor e trabalha para voltar a dar orgulho ao torcedor, principalmente depois de toda a tragédia que assolou Novo Hamburgo e todo o estado. “Não controlamos o resultado, mas a gente controla nossas ações, os jogadores estão de parabéns pela entrega, a gente vê o quanto correram, e a gente vai entrar sempre assim, com o intuito de vencer, não importa se é em casa ou fora, esse é meu estilo de jogo, então o torcedor já pode esperar isso”, frisou.

Por fim, o técnico falou que a sequência de jogos trará mais tranquilidade para o grupo e fará com que as vitórias apareçam. Até o momento, são três empates em três jogos pela Série D. “Nós terminamos o jogo pressionando o adversário, com chances de gol, mas precisamos controlar um pouquinho a ansiedade, o time estava querendo vencer e mostrar uma volta por cima, então temos que achar um equilíbrio, e quando achar esse equilíbrio, vamos conseguir vitórias. Espero que no próximo jogo tenhamos mais torcedores ainda no estádio e a gente vai fazer esse torcedor sentir orgulho do Novo Hamburgo”, finalizou.