CRIME
Suposto caso de injúria racial é relatado por jogadores no Estádio do Vale
Caso teria ocorrido durante o empate entre Noia e Caxias, na quinta-feira. Clubes se manifestaram
Última atualização: 24/01/2024 13:28
O Esporte Clube Novo Hamburgo (ECNH) volta a ser notícia, mas, mais uma vez, de uma maneira negativa. O fator extracampo tem dominado o Estádio do Vale nos últimos dias. Primeiro, a qualidade do gramado. Em seguida, surgiu uma possível ligação de um jogador do Anilado em um esquema de manipulação de partidas. Agora, a suposta injúria racial por parte de uma pessoa na arquibancada. Durante o empate de quinta-feira com o Caxias, os jogadores do time da Serra relataram o crime, que teria ocorrido por volta dos 10 minutos do primeiro tempo. Segundo o clube, um homem teria dito: "vão sentar bando de macacos" e logo em seguida, saiu correndo do local.
Tanto o Caxias quanto a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) aguardam a liberação da súmula da partida para tomarem suas providências. "Aguardamos agora o que será relatado em súmula e o nosso jurídico irá acompanhar o caso”, enviou a assessoria do clube para a reportagem.
O técnico do Noia, Edinho Rosa, que em novembro foi chamado pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol para fazer parte do projeto Professores Pretos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), falou sobre o caso.
"Eu repudio veementemente esse tipo de manifestação. Os fatos têm que ser apurados. Se realmente aconteceu, que se identifique a pessoa e que ela seja punida. Quem se sentiu ofendido que vá até a justiça para buscar seus direitos. Isso é muito importante que, enquanto cidadão, no momento que passamos por algum processo de discriminação, temos que fazer valer a nossa cidadania”, iniciou Edinho Rosa.
"Muito triste que essas coisas continuem acontecendo. Espero que de uma vez por todas nós possamos aprender as lições, crescer com tudo isso e reeducar. É a única forma que temos de acabar com isso. Temos que cuidar das crianças lá no início, na pré escola, para elas terem uma mentalidade diferente e não se deixarem contaminar com esse câncer do preconceito e discriminação”, complementou.
Nota oficial do Esporte Clube Novo Hamburgo na íntegra:
“Chegou ao nosso conhecimento que na noite de 16/02 na partida entre Novo Hamburgo e Caxias no Estádio do Vale, algum torcedor, deferiu palavras de cunho racista à jogadores ou arbitragem. Ressaltamos que o Esporte Clube Novo Hamburgo não compactua com esse tipo de comportamento e já está trabalhando de forma que possa encontrar o culpado. ‘Vamos fundo nessa busca e puniremos de forma pesada o autor, somos um clube de tradição e prestes a completar 113 anos de história, não podemos deixar que fatos de tal importância manchem nossa história, vamos identificar, encaminhar a polícia e banir dos jogos’, finalizou o Presidente Jerônimo Freitas.”
Após a partida
Em entrevista coletiva logo depois do duelo, que terminou empatado em 1 a 1, o técnico Thiago Carvalho e o diretor executivo de futebol do Caxias, Marcelo Segurado, também comentaram o ocorrido.
“Se não me engano foi o Diego. Vi eles falando e vi a pessoa correndo. Ninguém sai correndo se não deve. Mais uma vez vem acontecendo esses fatos. Estamos vendo o Brasil se movimentar um pouco quando a punições. Espero que aconteça punição, as pessoas têm que respeitar e isso não vem acontecendo. A gente espera que isso acabe não só no futebol, mas em todo lugar da sociedade”, falou o treinador.
“O ato de fugir em si caracteriza um covarde. Uma pessoa, nos tempos de hoje, que ainda tem a capacidade de cometer um crime desses. É crime. Recentemente foi estabelecida essa questão da injúria. Eu não vi, porque estava em outro lugar. Fui informado agora. Espero que o árbitro coloque na súmula e que as autoridades possam tomar conta dessa situação. Que esse indivíduo, esse imbecil, venha cumprir diante da lei aquilo que é reservado para pessoas que tenham essa capacidade”, comentou o dirigente do clube.
O Esporte Clube Novo Hamburgo (ECNH) volta a ser notícia, mas, mais uma vez, de uma maneira negativa. O fator extracampo tem dominado o Estádio do Vale nos últimos dias. Primeiro, a qualidade do gramado. Em seguida, surgiu uma possível ligação de um jogador do Anilado em um esquema de manipulação de partidas. Agora, a suposta injúria racial por parte de uma pessoa na arquibancada. Durante o empate de quinta-feira com o Caxias, os jogadores do time da Serra relataram o crime, que teria ocorrido por volta dos 10 minutos do primeiro tempo. Segundo o clube, um homem teria dito: "vão sentar bando de macacos" e logo em seguida, saiu correndo do local.
Tanto o Caxias quanto a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) aguardam a liberação da súmula da partida para tomarem suas providências. "Aguardamos agora o que será relatado em súmula e o nosso jurídico irá acompanhar o caso”, enviou a assessoria do clube para a reportagem.
O técnico do Noia, Edinho Rosa, que em novembro foi chamado pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol para fazer parte do projeto Professores Pretos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), falou sobre o caso.
"Eu repudio veementemente esse tipo de manifestação. Os fatos têm que ser apurados. Se realmente aconteceu, que se identifique a pessoa e que ela seja punida. Quem se sentiu ofendido que vá até a justiça para buscar seus direitos. Isso é muito importante que, enquanto cidadão, no momento que passamos por algum processo de discriminação, temos que fazer valer a nossa cidadania”, iniciou Edinho Rosa.
"Muito triste que essas coisas continuem acontecendo. Espero que de uma vez por todas nós possamos aprender as lições, crescer com tudo isso e reeducar. É a única forma que temos de acabar com isso. Temos que cuidar das crianças lá no início, na pré escola, para elas terem uma mentalidade diferente e não se deixarem contaminar com esse câncer do preconceito e discriminação”, complementou.
Nota oficial do Esporte Clube Novo Hamburgo na íntegra:
“Chegou ao nosso conhecimento que na noite de 16/02 na partida entre Novo Hamburgo e Caxias no Estádio do Vale, algum torcedor, deferiu palavras de cunho racista à jogadores ou arbitragem. Ressaltamos que o Esporte Clube Novo Hamburgo não compactua com esse tipo de comportamento e já está trabalhando de forma que possa encontrar o culpado. ‘Vamos fundo nessa busca e puniremos de forma pesada o autor, somos um clube de tradição e prestes a completar 113 anos de história, não podemos deixar que fatos de tal importância manchem nossa história, vamos identificar, encaminhar a polícia e banir dos jogos’, finalizou o Presidente Jerônimo Freitas.”
Após a partida
Em entrevista coletiva logo depois do duelo, que terminou empatado em 1 a 1, o técnico Thiago Carvalho e o diretor executivo de futebol do Caxias, Marcelo Segurado, também comentaram o ocorrido.
“Se não me engano foi o Diego. Vi eles falando e vi a pessoa correndo. Ninguém sai correndo se não deve. Mais uma vez vem acontecendo esses fatos. Estamos vendo o Brasil se movimentar um pouco quando a punições. Espero que aconteça punição, as pessoas têm que respeitar e isso não vem acontecendo. A gente espera que isso acabe não só no futebol, mas em todo lugar da sociedade”, falou o treinador.
“O ato de fugir em si caracteriza um covarde. Uma pessoa, nos tempos de hoje, que ainda tem a capacidade de cometer um crime desses. É crime. Recentemente foi estabelecida essa questão da injúria. Eu não vi, porque estava em outro lugar. Fui informado agora. Espero que o árbitro coloque na súmula e que as autoridades possam tomar conta dessa situação. Que esse indivíduo, esse imbecil, venha cumprir diante da lei aquilo que é reservado para pessoas que tenham essa capacidade”, comentou o dirigente do clube.