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APÓS JULGAMENTO

Noia emite nota sobre punição no caso de apostas no futebol: 'Não houve omissão do clube'

Ex-jogador do time, o lateral Nikolas, foi afastado por dois anos, além disso, o atleta e o Novo Hamburgo foram multados em R$ 80 mil

Jorge Grimaldi
Publicado em: 23/05/2023 às 16h:40 Última atualização: 26/03/2024 às 17h:58
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Após o julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS), na segunda-feira (22), que suspendeu o lateral Nikolas, ex-jogador do Esporte Clube Novo Hamburgo (ECNH), por dois anos, além de multa no valor de R$ 80 mil, por participação do esquema de apostas realizado para manipular partidas de futebol, o clube, que também foi multado no mesmo valor por “lavar as mãos” – termo usado na sessão -, emitiu uma nota se defendendo. O comunicado foi feito na tarde desta terça-feira (23).

Novo Hamburgo foi multado por suposta omissão no caso de esquema de apostas no Gauchão



Novo Hamburgo foi multado por suposta omissão no caso de esquema de apostas no Gauchão

Foto: Arquivo/GES

Na sessão realizada na segunda, foi julgado que o Novo Hamburgo não passou todas as informações necessárias no momento em que desligou o jogador do clube. O não comparecimento de um representante do Noia no julgamento também contribuiu para a penalidade ser aplicada. O clube pode recorrer.

Ainda na segunda-feira, o presidente Jerônimo Freitas, em contato com a reportagem, negou que o clube tivesse sido omisso e destacou que Nikolas foi demitido assim que houve desconfiança sobre a participação do atleta em esquema de apostas. “Estivemos presentes e exigindo punição ao Nikolas”, enfatizou. 

O atleta não foi localizado. O espaço está disponível para manifestação da sua defesa. 

Confira a nota do Novo Hamburgo na íntegra

O ESPORTE CLUBE NOVO HAMBURGO, na pessoa de presidente JERONIMO DA SILVA FREITAS e do presidente do conselho deliberativo SAUL BORBA MEDEIROS, vem a público esclarecer que NÃO HOUVE OMISSÃO DO CLUBE no julgamento do processo n° 069/23 da Sessão de Instrução e Julgamento n° 016/23, envolvendo o ex-atleta Nikolas Santos de Farias, na data de 22 de maio de 2023, ao contrário do que noticiou a imprensa em reportagens na presente data.

O Clube esclarece que por diversas oportunidades manifestou seu posicionamento sobre o caso e sobre a operação conduzida pelo Ministério Público de Goiás, conforme notas oficiais publicadas nos boletins informativos do clube em 15 de fevereiro de 2023, em 19 de abril de 2023 e em 11 de maio de 2023, bem como sempre esteve à disposição dos órgãos investigatórios e da federação de futebol para eventual colaboração, sendo que o Presidente do clube inclusive compareceu em reunião na Federação Gaúcha de Futebol junto com as autoridades locais pertinentes ao caso.

No julgamento ocorrido na data de 22 de maio de 2023, na Sessão de Instrução e Julgamento n° 016/23, o clube apresentou sua manifestação nos autos, bem como, tempestivamente, comprovou o envio do Edital de Citação e Intimação para o atleta apresentar sua defesa, visto que o Sr. Nikolas não possui mais vínculo com o clube desde 16 de fevereiro de 2023, ou seja, o clube não possui responsabilidades sobre o Sr. Nikolas, bem como sequer era parte denunciada no referido processo.

Por fim, esclarece que eventual responsabilização solidária da entidade desportiva por multa pecuniária de atletas advém de aplicação literal de dispositivo legal do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o que será objeto de recurso pelo clube, pois se trata de uma situação atípica em que o ESPORTE CLUBE NOVO HAMBURGO é a maior vítima do caso, considerando que a responsabilidade solidária aos clubes desportivos pelo comportamento de seus contratados é subjetiva, pressupondo uma atuação culposa pela entidade desportiva.

O ESPORTE CLUBE NOVO HAMBURGO novamente reforça seu posicionamento de apoio a Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, bem como repudia qualquer ato antidesportivo que coloca em risco o futebol brasileiro e mundial.

A Operação Penalidade Máxima foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás e aponta o envolvimento de uma quadrilha de apostadores que cooptava atletas para receber cartões ou cometer pênaltis.

 

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