Figura importante para o Esporte Clube Novo Hamburgo (ECNH), o ex-presidente Rosalvo Johann, o Maneca, conversou com a reportagem do Grupo Sinos e comentou sobre a atual situação do clube. Aos 72 anos, o empresário não descarta a possibilidade de voltar ao Noia. No final deste ano, uma nova eleição elegerá quem comandará o Anilado no biênio 2025/2026.
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Foto: Arquivo/GES
Na última eleição, em novembro de 2022, quando o atual presidente, Jerônimo Freitas, foi nomeado, Maneca falou que não pretendia mais voltar ao Noia, porém, retornaria somente em um caso específico: se o time fosse rebaixado no Gauchão.
“Palavra é palavra, né? Eu trabalhei quase 30 anos em função do Novo Hamburgo, oito como presidente, e muitos outros colaborando aqui ou ali. E naquele dia que Jerônimo tomou posse eu realmente disse que estava encerrando o meu ciclo no Novo Hamburgo e estava vencido para o futebol. No entanto, só existia uma maneira de eu voltar, que seria se o time caísse para a segunda divisão. Coisa que eu achei que jamais aconteceria. Infelizmente aconteceu”, revela Maneca, que completa: “Temos que ter palavra do que falamos, mas vamos ver, não gostaria de voltar, mas também se tiver que voltar para o bem do Novo Hamburgo, eu faria mais um sacrifício”, completa.
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Quem acompanhou o trabalho de Rosalvo Johann dentro do clube já deve ter escutado a frase: “Eu não vou deixar Novo Hamburgo fechar as portas”. O ex-dirigente anilado segue com o lema.
“Eu sempre disse isso. O Novo Hamburgo não vai fechar as portas se depender do Maneca, porque o Noia é muito grande para pagar um mico desse. Não gostaria, já estou com 72 anos, só em último caso que eu realmente voltaria, sim, para trazer o Novo Hamburgo de volta para a primeira divisão, que é o lugar que ele tem que está. Não é na segunda divisão, segunda divisão é horrível, é um inferno”, diz.
Participação no Gauchão
Penúltimo colocado no Gauchão desta temporada, com uma campanha de 11 jogos, seis derrotas, três empates e apenas duas vitórias, os nove pontos somados não foram capazes de segurar a equipe dirigida por Edinho Rosa na elite do futebol gaúcho. Maneca avalia o desempenho do último time, tirando a dupla Gre-Nal, que venceu o Estadual.
“Pífio. Muito ruim em todos os sentidos. Jogadores sem comprometimento. Muita coisa que a gente via que estava dando errado, ia dar errado e no final deu errado. Nada mudou durante o campeonato. Isso aí foi o maior erro que o meu amigo Jerônimo teve. Cruzou os braços e deixou as coisas acontecerem. Infelizmente o Novo Hamburgo não merecia e não merece. Em 2017 foi campeão gaúcho, e em 2024 foi para a segunda divisão. É triste, é lamentável, mas como se diz no futebol: a bola pune. Ela não perdoa.”
Preparação para a Série D
A Série D do Campeonato Brasileiro começa para o Noia no fim deste mês. Agora comandado pelo técnico Lucas Isotton, o time se reapresentou no meio de março com 17 jogadores, sendo três goleiros e quatro atletas da base. Nos últimos dias a direção anunciou seis reforços para a disputa.
“Não posso dar muita opinião por não estar no dia a dia do clube, mas o processo está muito lento. Eu acho que vai ser mais uma tristeza que nós vamos passar. A gente vê as outras equipes se preparando, contratando e se motivando e nós não estamos vendo nada, até agora foram poucas contratações”, avaliou.
Divisão de Acesso
Maneca também comentou sobre a próxima temporada, onde o Novo Hamburgo disputará a Divisão de Acesso. “É muito difícil, nós já passamos por isso em 2003 e foi uma peleia danada. Depois de 20 anos na primeira divisão, conseguimos cair.”
Já no final da conversa, o ex-presidente mandou uma mensagem para a torcida anilada. “Meu recado é para que a torcida do Noia não desanime. Temos que continuar firmes e fortes torcendo pelo clube, que já foi campeão gaúcho. Não podemos esmorecer. Não podemos deixar essa bandeira sem estar bem limpa, bem lisa e bem aberta lá no estádio do Vale”, encerrou.
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