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BALANÇO E PROJEÇÕES

Paulo Costa, presidente do Aimoré, fala sobre Divisão de Acesso e analisa atual temporada

Mandatário assumiu o comando do Índio Capilé no final de julho após a renúncia de Sandro Borowski

Jorge Grimaldi
Publicado em: 27/12/2023 às 18h:39 Última atualização: 28/12/2023 às 16h:56
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Esquecer ou usar de exemplo para os próximos anos? Essa pergunta é referente ao terrível ano de 2023 do Aimoré. O Índio Capilé disputou três competições durante a temporada: Campeonato Gaúcho, Série D do Brasileirão e a Copa da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). O clube acabou rebaixado no Gauchão, ficou em penúltimo no Grupo A8 do Brasileiro e não se classificou para a segunda fase da Copinha. Além dos problemas dentro das quatro linhas, o então presidente Sandro Borowski renunciou ao cargo. Paulo Costa assumiu o comando do clube no final de julho. O atual mandatário concedeu entrevista ao Grupo Sinos onde detalhou o período que passou, além de falar das expectativas para 2024 e a integração da comunidade com a entidade esportiva.

Paulo Costa, presidente do Aimoré | abc+



Paulo Costa, presidente do Aimoré

Foto: Jorge Grimaldi/GES-ESPECIAL

Próximo ano
Para a disputa da Divisão de Acesso, que deve iniciar em meados de abril, o Aimoré já acertou com o goleiro Marcelo Pitol, o zagueiro Micael, o volante Régis e o atacante Guilherme Panambi, além do treinador Arílson Costa. O elenco deve se apresentar no começo de março.

“O clube vai brigar para voltar à Série A. Vamos contratar jogadores de nível para conseguir o acesso. O objetivo do clube é formar um time competitivo para brigar pela vaga”, diz. “Existem concorrentes fortes que estão investindo altas somas em dinheiro”, lembra Paulo Costa, que também faz uma ressalva sobre a FGF.

“A Federação também não definiu ainda como vamos atuar na Divisão de Acesso. Esperamos que ela tenha um pouco de consideração com os times para não aniquilar mais equipes que estão ano a ano desaparecendo do cenário do futebol gaúcho.”

Clube e torcida

Recentemente o Aimoré divulgou o fardamento que usará na próxima temporada. Quem acompanha as redes sociais do clube pode ver que o item está agradando os torcedores. A mudança na loja foi uma estratégia da diretoria para fortalecer a ligação com a comunidade leopoldense.

“O clube está trabalhando diretamente para melhorar essa união com a comunidade. O primeiro grande passo foi a terceirização da loja, que nos proporcionou itens de mercado à disposição dos torcedores, e também na questão de marketing, que vai nos ajudar a captar novos sócios. A loja já está alcançando os objetivos com uma grande venda das novas camisas. Foi um passo acertado.”

Campeonato Gaúcho

Ainda sob o comando de Borowski, no Gauchão 2023, o Índio disputou 11 jogos. Venceu apenas um, empatou um e perdeu nove. Foram cinco gols marcados e 16 sofridos. Um aproveitamento de apenas 12%, que culminou com o rebaixamento. O Índio começou a competição com o treinador Edinho Rosa na casamata e terminou com Pingo.

“Realmente eu não estava no comando do clube durante o Gauchão e nem nem participando em nada. Apenas olhando alguns jogos deu pra constatar que faltava peças. O presidente resolveu economizar num setor que não tem como, né? E consequentemente a queda de produção foi notória, mas agora não adianta mais chorar as lágrimas que já passaram.”

Série D do Brasileirão

Após o Gauchão, para a Série D, um novo comandante. Gelson Conte foi o escolhido para dirigir a equipe na competição nacional. Nos 14 jogos, o clube leopoldense conseguiu uma vitória, sete empates e seis derrotas. Marcou oito gols e sofreu 21. Terminou em sétimo, penúltimo do grupo, à frente apenas do Novo Hamburgo. Foram 23% de aproveitamento.

“O Aimoré iniciou fazendo uma boa campanha para um time rebaixado no Gauchão. O grupo da Série D era limitado devido ao financeiro. E foi nos agregado alguns jogadores. Iniciamos com empates, mas teve um momento que o time perdeu força, pois não tinha um plantel suficiente para repor peças. Acabamos perdendo atletas durante a competição que saíram para ganhar mais e não teve como segurar. Outros que perdemos por lesão. Consequentemente, o time perdeu força. Em paralelo iniciou a Copinha, coisa que não era pra ter acontecido, mas a Federação botou no meio da competição. Isso aí nos aleijou ainda mais. Jogando quarta e domingo, o grupo curto não aguentou e mais lesões apareceram, além do cansaço. Acabamos não conseguindo nosso objetivo na Série D por falta de dinheiro, de jogadores e de planejamento.”

Copa FGF – Troféu Rei Pelé

No último certame que disputou em 2023, o Índio Capilé terminou na quarta posição do Grupo A da Copinha, atrás do São José, Inter de Santa Maria e Monsoon. Na tabela, superou apenas o Novo Horizonte. Dos oito duelos jogados, foram duas vitórias, um empate e cinco derrotas. Oito gols anotados e nove sofridos, ficando com 29% de aproveitamento. Nesta altura, o grupo era comandado por China Balbino.

“A Copinha foi o resto da Série D. Tentamos algumas contratações e não tivemos êxito. Não tínhamos mais tempo. O time já estava sem força e consequentemente também não conseguimos atingir os objetivos.”

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