O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a sentença que condenou o então jogador e hoje técnico de futebol Alexi Stival, o Cuca. Ele havia sido condenado por suspeita de estuprar uma menor de idade durante uma excursão do Grêmio ao país europeu em 1987, época que ainda era atleta. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.
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“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou Cuca, em comunicado enviado pela assessoria.
Anulação
A decisão foi publicada nesta quarta-feira (3), depois que a justiça suíça recebeu um pedido de novo julgamento, solicitado pela defesa do treinador em maio de 2023. Em novembro, a juíza Bettina Bochsler entendeu que houve irregularidades no processo de 1989. A justiça considerou que o julgamento foi à revelia, sem a presença do atleta ou uma representação legal. Foi feito um pedido de reabertura do caso para haver um novo julgamento.
No entanto, o Ministério Público suíço alegou que não seria possível porque o crime estava prescrito. Por conta disso, aconteceu a anulação da pena e a extinção do processo.
Em dezembro do ano passado, a juíza encerrou o caso e determinou que o treinador recebesse uma indenização de 13 mil francos suíços (cerca de R$ 75 mil). Os valores foram reduzidos a 9500 francos (R$ 55,2 mil) após descontos dos casos processuais.
O caso
Em 1987, Cuca e outros três jogadores do Grêmio, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, foram detidos em Berna. Eles teriam abusado sexualmente de uma garota de 13 anos. A menina disse à polícia que foi ao quarto dos jogadores para pedir autógrafos.
Os jogadores foram levados para prisões na Suíça e acabaram soltos após um mês. Todos foram trazidos para o Brasil pelo advogado Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, o Cacalo, vice-presidente jurídico do Grêmio à época.
Dois anos depois, em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados por fornicação com crianças e coerção a 15 meses de prisão e uma multa de cerca de R$ 100 mil. Fernando, como cúmplice, por ter ficado monitorando a porta do quarto, pegou três meses e uma multa de cerca de R$ 50 mil.
*Com informações da Folha de S. Paulo
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