abc+

OLIMPÍADAS

Escolheu ficar paraplégica para salvar a filha: Mônica Monstrinha sai do RS para representar o Brasil em Paris

Mônica Santos é a 1ª brasileira campeã em um torneio internacional de esgrima e irá representar o Brasil nas Paralimpíadas de Paris

ico_abcmais_azul
Publicado em: 02/08/2024 às 13h:00 Última atualização: 08/08/2024 às 13h:39
Publicidade

Uma coisa que todos os atletas tem em comum é coragem. E Mônica Santos, conhecida também como Mônica Monstrinha, de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, é um exemplo disso.

Aos 19 anos, ela escolheu ficar paraplégica para salvar a vida da filha, continuando a gravidez. Agora, ela é paratleta e a 1ª brasileira campeã em um torneio internacional de esgrima. 

Ela se classificou entre as 15 melhores do mundo e está indo para Paris em busca do ouro na Esgrima em Cadeira de Rodas (CR), nas Paralimpíadas 2024.

Mônica Santos escolheu ficar paraplégica para salvar a vida da filha  | abc+



Mônica Santos escolheu ficar paraplégica para salvar a vida da filha

Foto: Redes Sociais/Reprodução

Em entrevista exclusiva, Mônica conta mais detalhes sobre sua vida. Acesse para ler.

Mônica escolheu ficar paraplégica para continuar a gravidez

Em 2002, Mônica começou a sentir fraquezas nas pernas, como conta no documentário Além das Rodas (2022), até não conseguir mais levantar da cama. O marido, chamado de Cebolinha, achou que ela estava brincando, mas logo percebeu que a mulher não tinha condições de caminhar.

Preocupados, ela começou a fazer exames para tentar descobrir o que estava acontecendo. E foi ao fazer um exame de sangue que descobriu que estava grávida. “Para mim foi uma alegria só, uma felicidade imensa”, disse. Entretanto, ela ainda não conseguia caminhar e não fazia ideia do que tinha.

Após mais exames, foi detectado um hemangioma medular na coluna, uma má formação nas veias que geraram um tumor. Ela conta que descobriu que o problema é genético e que poderia se manifestar na gravidez ou na menopausa.

Os médicos deram uma escolha: abortar para fazer uma cirurgia, ou ficar em uma cadeira de rodas. Atualmente, Paolla tem 21 anos e é descrita como o amor da vida de Mônica.

Ela conta que se tornou independente em cerca de 6 meses após começar a usar a cadeira de rodas. “Tudo que eu conquistei não foi com a cadeira, foi junto com a cadeira”, afirmou. “Depois que eu fiquei cadeirante, eu conheci o mundo.”

A relação com a esgrima começou por volta de oito anos após ficar paraplégica. Antes, ela jogou basquete na cadeira de rodas por três anos em Canoas e, por um amigo do time, ela foi apresentada ao esporte em que hoje é campeã de torneios internacionais.

LEIA MAIS: Brasil vence a primeira e segue vivo em busca da classificação no basquete olímpico

Mônica na Copa do Mundo de Esgrima, na Polônia | abc+



Mônica na Copa do Mundo de Esgrima, na Polônia

Foto: Redes Sociais/Reprodução

SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!

Mônica pede uma cadeira para ter mais autonomia

Mônica tem uma vaquinha aberta, onde busca arrecadar R$ 75 mil, para comprar uma cadeira de rodas customizada.

Essa nova cadeira pesa 5 quilos e é feita na Itália, de acordo com a vaquinha online organizada no Voaa, do Razões para Acreditar. Atualmente, a usada por Mônica pesa 15 quilos.

Para doar, é preciso entrar no site voaa.me/monica-cadeira. As Paralimpíadas de Paris começam em 28 de agosto e vão até 8 de setembro.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade