A Espanha saiu vencedora do jogo contra as inglesas e conquistou neste domingo (20) a Copa do Mundo feminina. A partida, que aconteceu no Estádio Austrália, em Sidney, e contou com quase 76 mil pessoas, teria sido uma conquista inédita também para a Inglaterra, visto que nenhuma das duas seleções ainda havia se consagrado como campeã mundial.
O que definiu o jogo foi o gol da capitã Carmona que, ainda no primeiro tempo, marcou para as espanholas e manteve a partida em 1 a 0 até o apito final. As informações são do Uol.
As Leoas, como são conhecidas as inglesas, chegaram ao mundial como favoritas após vencerem, pela primeira vez, a Eurocopa do ano passado, na qual foram as anfitriãs. Na campanha tiveram pela frente justamente as espanholas, nas quartas de final, às quais derrotaram por 2 a 1 na prorrogação.
Se não estava na primeira prateleira de candidatas ao título, a Espanha veio à Copa repleta de expectativa. A equipe tem como base o Barcelona, atual campeão europeu de clubes, com nove das 23 convocadas vinculadas ao time catalão. Além disso, o país tem a geração mais promissora da modalidade, sendo o atual campeão mundial sub-20 e bi no sub-17.
Campeãs europeias
As inglesas foram para a partida invictas, com cinco vitórias no tempo normal e uma nos pênaltis (sobre a Nigéria, nas oitavas de final, após empate sem gols com a bola rolando). Na semifinal, as Leoas bateram a anfitriã Austrália por 3 a 1. São 13 gols marcados e somente três sofridos. As atacantes Lauren Hemp e Alessia Russo e a meia Lauren James balançaram as redes três vezes cada e são as artilheiras da equipe.
A jogadora de 21 anos foi expulsa contra a Nigéria após pisar nas costas da zagueira Michelle Alozie e levou dois jogos de suspensão. A camisa 7 vinha sendo o destaque inglês na Copa, com seis participações diretas em gols. Além dos três que marcou, ela distribuiu três assistências.
Melhor ataque da Copa
A Espanha, por sua vez, teve o melhor ataque da Copa, com 17 gols. Assim como a Inglaterra, são três jogadoras encabeçando a artilharia da equipe: as atacantes Jennifer Hermoso e Alba Redondo e a meia Aitana Bonmatí (cada uma com três gols). Esta última chegou à Copa como protagonista da seleção, já que a meia Alexia Putellas, eleita duas vezes a melhor do mundo, veio para o Mundial pouco tempo após se recuperar de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho.
An incredible NINE goal-scorers have hit the back of the net for La Roja! ????@SEFutbolFem | #FIFAWWC pic.twitter.com/HGUWehegIG
— FIFA Women’s World Cup (@FIFAWWC) August 18, 2023
Bonmatí também faz parte de um grupo de 15 atletas que, em setembro do ano passado, segundo a imprensa espanhola, pressionou a federação pela saída do técnico Jorge Vilda (lesionada à época, Putellas apoiou o movimento). Das divergentes, três mudaram de ideia e voltaram à seleção. Ainda assim, o distanciamento entre treinador e elenco é evidente.
Se Bonmatí e Putellas são as estrelas, Salma Paralluelo (que atua com elas no Barcelona) é a revelação. A atacante de 19 anos foi campeã mundial sub-17 e sub-20 e pode ser a primeira com esses títulos a também ganhar a Copa. Ex-velocista, ela fez gols importantes nas vitórias sobre Holanda (quartas) e Suécia (semifinal), sempre saindo do banco.
Brilliant Bonmati leading the way for Spain. ????????#FIFAWWC | #BeyondGreatness pic.twitter.com/15fJp5DFgk
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A seleção espanhola entrou neste domingo para o seleto grupo de campeãs mundiais no futebol feminino, encabeçado pelos Estados Unidos (quatro títulos) e que ainda tem Alemanha (dois), Japão e Noruega (um cada). Além disso, a Espanha se iguala à Alemanha, únicos, até o momento, a levantarem a taça da Copa do Mundo entre homens e mulheres.
*Com informações de Agência Brasil
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