NA ITÁLIA

Conheça as atletas de Novo Hamburgo que vão competir no Mundial de Patinação Artística

Competição tem início no próximo dia 20 de setembro

Publicado em: 13/09/2024 15:38
Última atualização: 13/09/2024 15:39

O Vale do Sinos estará representado no Campeonato Mundial de Patinação Artística, que será disputado em Rimini, na Itália. Pelo grupo de show sênior Dynami, de Porto Alegre, as irmãs gêmeas Ayra Becker e Manuella Becker, Helena Feller Bugalho e Júlia Pruch, todas de Novo Hamburgo, vão disputar o campeonato que faz parte do World Skate Games 2024, que engloba diversos esportes de "rodinhas" e está sendo disputado desde o dia 6 e vai até 22 deste mês.

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Da esquerda para a direita: Ayra Becker, Júlia Pruch, Talitha Haas (professora da Volare Patinação Artística e ex-atleta), Helena Feller Bugalho e Manuella Becker Foto: Arquivo pessoal/Talitha Haas

As quatro hamburguenses treinam na Sociedade Ginástica Novo Hamburgo (SGNH), com a Volare Patinação Artística, e integram o Dynami para a disputa do Mundial. Junto delas, completam a equipe outras oito atletas, que treinam na AABB Porto Alegre e Chassé Companhia de Patinação. São elas: Amanda Macedo, Gabriela Taminato, Isabela Camargo, Maria Antonia Carvalho, Maria Fernanda Ximenes, Martina Crestani, Valentina Souza e Victória Madeira.

As treinadoras do grupo da capital são Lisandra Duarte e Gabriela Bolognesi. Em Novo Hamburgo, elas se preparam e contam com o apoio de Talitha Dietrich Haas, de 29 anos, que tem vasta experiência na patinação artística, adquirida em anos vitoriosos no esporte.

A trajetória de Talitha na patinação começou cedo, aos 7 anos, quando foi apresentada ao esporte por uma colega de escola. Ela conta que logo se apaixonou pela modalidade e decidiu entrar para o competitivo. De lá para cá, foram 10 participações em campeonatos mundiais e duas aparições em Jogos Pan-Americanos: o de Guadalajara, no México, e o de Toronto, no Canadá, que renderam duas medalhas, uma de bronze e uma de prata, respectivamente, para o Brasil. Além dos pódios nos Jogos, uma das maiores conquistas da sua carreira veio no Mundial, disputado na Alemanha, em 2009, onde se tornou a primeira mulher brasileira medalhista individual, com o bronze.

Em meados de 2019, Talitha encerrou sua trajetória como atleta. Mesmo assim, não se afastou do esporte, e seguiu atuando como treinadora. Na função, conta que tenta contribuir na carreira das jovens que estão começando no esporte. "Busco passar para as minhas atletas tudo que eu aprendi com o esporte. Quero fazer com que elas tenham experiências ainda melhores do que as que eu tive", relata a treinadora.

A delegação do Dynami embarca rumo à Itália neste domingo (15). A competição da patinação artística tem início no próximo dia 20 de setembro, e será transmitida pelo site Worldskate.tv.

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Ayra Becker, 16 anos

Começou cedo no esporte e desde sempre almeja grandes conquistas. Ela lembra que, logo aos 7 anos, quando foi apresentada à patinação por uma vizinha, já dizia que um dia estaria na pista do mundial.

Apesar da pouca idade, a moradora do bairro Rondônia, já enfrentou diversos desafios e acumula competições no currículo. Com 10 anos, iniciou no cenário competitivo. Mas foi em 2021, após enfrentar um longo período parada por conta de uma lesão na tíbia e no cotovelo, que começou a ganhar destaque, com o vice-campeonato estadual na modalidade free dance infantil.

No início de 2024, Ayra passou a fazer parte do Dynami, grupo pelo qual se prepara para realizar o sonho de disputar o mundial. “A minha expectativa é que a gente consiga fazer nosso melhor dentro de quadra e sair feliz e satisfeita com que apresentamos” comentou a atleta durante

Manuella Becker, 16 anos

O início na patinação foi seguido de uma pausa. Aos 7 anos, ela conheceu o esporte em uma atividade recreativa na escola. Na sequência iniciou os treinos, mas precisou dar uma pausa para focar nos estudos. “Felizmente, pude voltar para o que realmente me fazia feliz e, desde então, nunca mais tirei os patins dos pés”, lembra o jovem, sobre sua volta ao esporte.

A adolescente não deixa de agradecer aos treinadores e à equipe pela qual treina todas as semanas. “Foi na Volare que descobri meu amor pelo esporte, e só tenho a agradecer a esse clube, que hoje posso chamar de família”, conta.

Para a disputa do mundial na Itália, a hamburguense diz que espera ”mostrar, da melhor forma possível, tudo o que treinamos ao longo do ano”. Além da competição, fala que espera “cultivar memórias incríveis ao lado deste time maravilhoso”.

Helena Feller Bugalho, 14 anos

Uma das caçulas do grupo, a atleta moradora do bairro Rincão, lembra que conheceu o esporte quando ainda tinha 6 anos. Logo tratou de iniciar nas competições, participando da sua primeira disputa em Lajeado, aos 8. “Foi uma experiência incrível, e desse campeonato em diante comecei a querer evoluir cada vez mais”, lembra.

“Comecei brincando, e logo se tornou muito sério para mim”, explica. Em cerca de 6 anos competindo, ela já soma mais de 50 medalhas entre copas, campeonatos brasileiros e gaúchos. A adolescente mostra que tem noção das abdicações que um atleta de alto rendimento precisa fazer, e fala que “para chegar onde quero, sei que tenho que pagar um preço, treino quase todos os dias, abro mão de muitas coisas”.

Helena vê a competição na Itália como uma grande oportunidade para a equipe mostrar o trabalho construído durante os treinamentos. “A expectativa é dar o meu melhor e conseguir mostrar tudo o que trabalhamos durante esse trajeto incrível”.

Júlia Pruch, 14 anos

A outra prodígio do grupo, teve um “amor à primeira vista” pelo esporte ao ver a apresentação de uma dinda, quando tinha apenas 5 anos. Ela lembra que sentiu muita vontade de patinar igual a madrinha e por isso pediu para ser matriculada nas aulas. Assim, começou a frequentar a Sociedade Ginástica, onde treina até hoje.

A trajetória nas competições também teve início cedo na vida da patinadora. A adolescente do bairro Rincão conta que logo após iniciar nos treinos já começou a participar das disputas dos campeonatos gaúcho e brasileiro. Mesmo muito jovem, Júlia demonstra maturidade ao entender o tamanho da competição que está prestes a participar, afirmando que se sente honrada em disputar o mundial.

“Quero ir para lá para fazer tudo que treinei junto com minhas colegas e dar o meu melhor em pista”, projeta, otimista. “Acho que vai ser uma viagem que vai ficar para sempre na minha memória, que vou aproveitar muito e agradecer ao Dynami por transformar meu sonho em realidade”, conclui.

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