Esportes
COI indica que aceitará Rússia na Olimpíada de Paris-2024, mas a Ucrânia se opõe
Última atualização: 22/01/2024 09:19
A volta da Rússia à s competições oficiais está cada vez mais próxima. Na quarta-feira, o Comitê OlÃmpico Internacional (COI) acenou favorável para que os russos e seus aliados de Belarus disputem os Jogos OlÃmpicos de Paris-2024, mas com times neutros - sem representar a bandeira de suas determinadas nações. A Ucrânia, que está sendo atacada pelos dois paÃses, contudo, é contra. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu que fossem "excluÃ-los totalmente". Mas foi derrotado mais uma vez nesta quinta-feira, com Rússia e Belarus sendo convidadas a competir nos Jogos Asiáticos, uma importante qualificação olÃmpica.
Por causa da invasão à Ucrânia, Rússia e Belarus foram impedidas de participar de quase todas as competições internacionais de esportes olÃmpicos. Zelenskyy pressiona para que o veto siga e disse ao presidente francês Emmanuel Macron que a Rússia "não deveria ter lugar" em Paris-2024.
O COI fez referência à guerra civil na ex-Iugoslávia nas OlimpÃadas de 1992 em Barcelona para se mostrar favorável à presença das delegações na França no próximo ano. Na época, o paÃs estava sob sanções das Nações Unidas, então os atletas iugoslavos foram autorizados a competir individualmente apenas como "participantes olÃmpicos independentes". Seria uma medida mais rigorosa do que as anteriores do COI contra a Rússia nas consequências de um dos maiores casos de doping da história do esporte. Os russos competiram sob o nome de "atleta olÃmpico da Rússia" nos Jogos OlÃmpicos de Inverno de 2018 e como ROC (Comitê OlÃmpico Russo) em 2021 e 2022, sem o hino ou a bandeira de seu paÃs, mas com as cores nacionais nos uniformes.
"O COI tem desconsiderado os crimes de guerra russos, alegando que 'nenhum atleta deve ser impedido de competir apenas por causa de seu passaporte', enquanto atletas ucranianos continuam sendo mortos pela Rússia por causa de seus passaportes. Peço a todas as figuras do esporte que tornem sua posição conhecida", escreveu o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, no Twitter nesta quinta-feira.
A Ucrânia já havia boicotado uma eliminatória olÃmpica de judô no ano passado, quando os russos foram autorizados a competir como neutros. Por outro lado, na Rússia o plano do COI foi elogiado por Igor Levitin, assessor do presidente Vladimir Putin. "Acho que já é um sucesso. A sociedade olÃmpica entende que os Jogos OlÃmpicos não podem ser realizados sem a Rússia", disse Levitin, vice-presidente sênior do Comitê OlÃmpico Russo, à agência de notÃcias estatal Tass.
Mas há quem não aprove a ideia do COI na Rússia. Algumas autoridades expressaram descontentamento, declarando que "não permitiriam atletas que estivessem apoiando ativamente a guerra na Ucrânia". O presidente do Comitê OlÃmpico Russo, Stanislav Pozdnyakov, afirmou que se opõe a "quaisquer restrições, exigências extras ou sanções".
JOGOS ASIÃTICOS
Os Jogos Asiáticos serão em Hangzhou, China, em setembro e outubro, e servirão como eliminatórias olÃmpicas em vários esportes, incluindo arco e flecha e boxe. Alguns outros esportes hospedam suas próprias competições de qualificação especÃficas da Ãsia.
"A OCA (Conselho OlÃmpico0 da Ãsia) acredita no poder unificador do esporte e que todos os atletas, independentemente de sua nacionalidade ou passaporte, devem poder competir em competições esportivas", disse a OCA em comunicado. O diretor-geral da entidade é Husain al-Musallam, também presidente da World Aquatics, que supervisiona o principal esporte olÃmpico de natação na cidade natal do COI, Lausanne.
"A OCA ofereceu aos atletas russos e belarussos qualificados a oportunidade de participar de competições na Ãsia, incluindo os Jogos Asiáticos", informou a organização. A entidade acrescentou que "permanece em espera" até que o COI e os órgãos reguladores de esportes individuais finalizem as condições para Rússia e Belarus competirem.
A volta da Rússia à s competições oficiais está cada vez mais próxima. Na quarta-feira, o Comitê OlÃmpico Internacional (COI) acenou favorável para que os russos e seus aliados de Belarus disputem os Jogos OlÃmpicos de Paris-2024, mas com times neutros - sem representar a bandeira de suas determinadas nações. A Ucrânia, que está sendo atacada pelos dois paÃses, contudo, é contra. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu que fossem "excluÃ-los totalmente". Mas foi derrotado mais uma vez nesta quinta-feira, com Rússia e Belarus sendo convidadas a competir nos Jogos Asiáticos, uma importante qualificação olÃmpica.
Por causa da invasão à Ucrânia, Rússia e Belarus foram impedidas de participar de quase todas as competições internacionais de esportes olÃmpicos. Zelenskyy pressiona para que o veto siga e disse ao presidente francês Emmanuel Macron que a Rússia "não deveria ter lugar" em Paris-2024.
O COI fez referência à guerra civil na ex-Iugoslávia nas OlimpÃadas de 1992 em Barcelona para se mostrar favorável à presença das delegações na França no próximo ano. Na época, o paÃs estava sob sanções das Nações Unidas, então os atletas iugoslavos foram autorizados a competir individualmente apenas como "participantes olÃmpicos independentes". Seria uma medida mais rigorosa do que as anteriores do COI contra a Rússia nas consequências de um dos maiores casos de doping da história do esporte. Os russos competiram sob o nome de "atleta olÃmpico da Rússia" nos Jogos OlÃmpicos de Inverno de 2018 e como ROC (Comitê OlÃmpico Russo) em 2021 e 2022, sem o hino ou a bandeira de seu paÃs, mas com as cores nacionais nos uniformes.
"O COI tem desconsiderado os crimes de guerra russos, alegando que 'nenhum atleta deve ser impedido de competir apenas por causa de seu passaporte', enquanto atletas ucranianos continuam sendo mortos pela Rússia por causa de seus passaportes. Peço a todas as figuras do esporte que tornem sua posição conhecida", escreveu o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, no Twitter nesta quinta-feira.
A Ucrânia já havia boicotado uma eliminatória olÃmpica de judô no ano passado, quando os russos foram autorizados a competir como neutros. Por outro lado, na Rússia o plano do COI foi elogiado por Igor Levitin, assessor do presidente Vladimir Putin. "Acho que já é um sucesso. A sociedade olÃmpica entende que os Jogos OlÃmpicos não podem ser realizados sem a Rússia", disse Levitin, vice-presidente sênior do Comitê OlÃmpico Russo, à agência de notÃcias estatal Tass.
Mas há quem não aprove a ideia do COI na Rússia. Algumas autoridades expressaram descontentamento, declarando que "não permitiriam atletas que estivessem apoiando ativamente a guerra na Ucrânia". O presidente do Comitê OlÃmpico Russo, Stanislav Pozdnyakov, afirmou que se opõe a "quaisquer restrições, exigências extras ou sanções".
JOGOS ASIÃTICOS
Os Jogos Asiáticos serão em Hangzhou, China, em setembro e outubro, e servirão como eliminatórias olÃmpicas em vários esportes, incluindo arco e flecha e boxe. Alguns outros esportes hospedam suas próprias competições de qualificação especÃficas da Ãsia.
"A OCA (Conselho OlÃmpico0 da Ãsia) acredita no poder unificador do esporte e que todos os atletas, independentemente de sua nacionalidade ou passaporte, devem poder competir em competições esportivas", disse a OCA em comunicado. O diretor-geral da entidade é Husain al-Musallam, também presidente da World Aquatics, que supervisiona o principal esporte olÃmpico de natação na cidade natal do COI, Lausanne.
"A OCA ofereceu aos atletas russos e belarussos qualificados a oportunidade de participar de competições na Ãsia, incluindo os Jogos Asiáticos", informou a organização. A entidade acrescentou que "permanece em espera" até que o COI e os órgãos reguladores de esportes individuais finalizem as condições para Rússia e Belarus competirem.