Suspeito de participar de um esquema de manipulação do chamado “mercado de cartões”, o atacante Bruno Henrique não foi afastado pelo Flamengo e continua atuando normalmente pelo clube, que aguarda os próximos desdobramentos do caso para reavaliar a decisão. O jogador de 33 anos, que escolheu não se manifestar, está sendo investigando pela Operação Spot-fixing, do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal (PF), e pode responder por crime contra a incerteza do resultado esportivo, cuja conduta está tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão.
O MP e a PF avaliam relatórios feitos por casas de apostas e documentos coletados durante busca e apreensão, inclusive na casa de Bruno Henrique e no CT do Flamengo, para decidir se o material é suficiente para justificar uma denúncia. Caso existam evidências de que participou de um esquema ilegal, o atleta terá de responder criminalmente.
Além disso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) também será acionado, para que ele responda no âmbito desportivo. Em nota sobre a investigação, o Flamengo informou que uma situação semelhante já havia sido alvo de apuração do STJD, que decidiu arquivar o caso. “Não tem como afirmar que se trata do mesmo caso e aguardará o desenrolar da investigação”, informou clube.
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