PRIMEIRA RODADA
Brasileirão 2024 começa com polêmicas de arbitragem e críticas à atuação do VAR; confira
Rodada de abertura tem lances controversos em pelo menos quatro partidas
Última atualização: 15/04/2024 14:17
O Campeonato Brasileiro teve um início emocionante, com jogos disputados e média de 2,8 gols por partida. Apesar disso, os árbitros e o VAR roubaram a cena, tornando-se alvos de críticas por parte de jogadores, dirigentes e torcedores.
A rodada foi marcada por decisões polêmicas, envolvendo expulsões e pênaltis, controversos em pelo menos quatro partidas. Confira a seguir as partidas que geraram polêmica:
Vasco 2 x 1 Grêmio
Em São Januário, foi a vez do Grêmio manifestar insatisfação com a não marcação de um pênalti na derrota por 2 a 1 para o Vasco. O lance em questão envolveu um toque de bola no braço de Lucas Piton dentro da área ao final da primeira etapa. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza (Fifa/SP), após ser solicitado para verificar o incidente no VAR por Daiane Muniz (Fifa/SP), optou por manter sua decisão inicial, interpretando o toque como “acidental” e assim informou aos espectadores.
O time cruzmaltino, por sua vez, acusa uma possível penalidade máxima de Rodrigo Ely em Galdames. A arbitragem considerou o lance como uma disputa normal de jogo, já que nenhum dos jogadores tocou na bola.
Antes da coletiva de imprensa do técnico Renato Gaúcho, o vice-presidente de futebol, Antônio Brum, fez um pronunciamento: “Lamento ter que falar mais uma vez sobre esse assunto. Mas não podia deixar de vir falar em nome do Grêmio, de uma delegação de 50 pessoas e de 9 milhões de torcedores que presenciaram essa vergonha que aconteceu hoje. É um dia triste para o futebol brasileiro”.
“O lance que o Flávio protagonizou hoje supera o lance do Yuri Alberto no ano passado, que tirou o campeonato do Grêmio”, acrescentou ao lembrar de um caso semelhante contra o Corinthians, no último Brasileirão. Nas redes sociais, o clube informou que vai formalizar uma reclamação na CBF na próxima semana.
Atlético-GO 1 x 2 Flamengo
Goianos e cariocas protagonizaram o duelo mais polêmico da rodada, com reclamações de ambos os lados contra a arbitragem. O Atlético-GO questiona a marcação de um pênalti e a consequente expulsão de Maguinho após uma cotovelada em Bruno Henrique nos acréscimos, ambas assinaladas por André Luiz Skettino (MG) após o VAR, comandado por Wagner Reway (Fifa/SC) solicitar revisão. Após a partida, o atacante do time carioca publicou uma foto mostrando o corte sofrido na boca, ironizando a reclamação.
Os donos da casa também sofreram com outras duas baixas ainda na primeira etapa. O técnico Jair Ventura recebeu o cartão vermelho por reclamação, enquanto Alix Vinicius foi para o vestiário mais cedo após derrubar Pedro no campo de defesa, lance que também foi bastante questionado. Após a partida, o Atlético-GO publicou uma nota oficial reclamando de maneira veemente de “erros grosseiros” da arbitragem.
“É inaceitável que equívocos tão evidentes comprometam o resultado de uma competição tão importante como o Campeonato Brasileiro. O Atlético Goianiense reafirma seu compromisso com a ética e a justiça desportiva, e não poupará esforços para que situações como estas não se repitam maculando a integridade não só dos jogos do Atlético, mas do nosso futebol”, disse o clube.
Na entrevista coletiva após o jogo, o presidente Adson Batista subiu o tom das críticas. “Hoje aqui foi um assalto. Uma vergonha. A máfia da arbitragem estava hoje aqui presente. Não são todos os árbitros, mas o que esse cidadão de Minas Gerais veio fazer é uma vergonha. Se o Ednaldo não tiver moral para tomar uma atitude ele pode desistir. Sinceramente, desiste de tudo do futebol – protestou Adson Batista, em entrevista coletiva.”
Do lado carioca, as reclamações envolvem um pênalti assinalado contra após Léo Pereira trombar com Luiz Felipe dentro da área. Shaylon foi para a cobrança e mandou na trave. Além disso, houve uma solada do meia Alejo Cruz no peito de Ayrton Lucas, punida pelo árbitro apenas com um amarelo.
Corinthians 0 x 0 Atlético-MG
Com fama de violento, Fagner protagonizou mais um lance temerário neste domingo, no empate sem gols do Corinthians com o Atlético-MG. Por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, o lateral-direito acertou o tornozelo de Guilherme Arana. Em seguida, chutou a bola e atingiu com as travas da chuteira a coxa direita do meia argentino Matías Zaracho. O árbitro de campo, Yuri Elino Ferreira da Cruz (RJ), optou por aplicar apenas o cartão amarelo, enquanto o VAR, comandado por Daniel Nobre Bins (Fifa/RS), não chamou para revisão.
Os jogadores do time mineiro ficaram na bronca com o critério adotado pelo árbitro, que demonstrou rigor ao aplicar expulsar o volante Battaglia pelo segundo cartão amarelo, ao fim da etapa inicial.
“O maior campeonato do país não pode apresentar uma arbitragem como a que se viu em nosso jogo neste domingo. O Atlético exige um árbitro que cumpra as diretrizes apresentadas pela comissão de arbitragem para o Brasileirão e um VAR que se pronuncie diante de jogadas evidentemente violentas”, escreveu o Atlético-MG, em nota publicada nas redes sociais.
“O Clube informa que fará uma reclamação formal à CBF nesta semana. O futebol brasileiro precisa de mais respeito e preparo da sua arbitragem.”