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BASQUETE EM PARIS

Brasil pode "competir contra todos", avisa Marcelinho Huertas, capitão da seleção de basquete

Marcelinho vai se tornar o segundo jogador mais velho a disputar os Jogos, com 41 anos

Publicado em: 26/07/2024 às 13h:40 Última atualização: 26/07/2024 às 15h:03
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“Obrigado, capitão!”, disse o técnico da seleção brasileira masculina de basquete, o croata Aleksandar Petrovic, a Marcelinho Huertas, que pediu para voltar à equipe no Pré-Olímpico dos Jogos de Paris 2024. “Podemos competir contra todos”, avisou o jogador em entrevista à AFP antes da estreia contra a França, no sábado (27).

Marcelinho Huertas será o capitão da seleção brasileira em Paris | abc+



Marcelinho Huertas será o capitão da seleção brasileira em Paris

Foto: Divulgação/CBB

Fundamental na vitória sobre a Letônia, que carimbou o passaporte do Brasil rumo a Paris, Marcelinho se tornará o segundo jogador mais velho a disputar os Jogos, com 41 anos, atrás apenas do argentino Luis Scola, que participou dos Jogos de Tóquio em 2021 com a mesma idade, mas 38 dias a mais.

Pergunta: Quase duas décadas na seleção brasileira. Como o basquete mudou? E seu estilo de jogo?

Resposta: “O basquete foi mudando pouco a pouco, mas você não percebe quando está jogando porque vai se adaptando às mudanças, que são graduais. Mas se você olhar o basquete de hoje e o de 20 anos atrás, são muito diferentes. Eu mudei também, fisicamente não sou o mesmo de 20 anos atrás, nem de dez anos, mas tenho outras virtudes que me permitem jogar em alto nível, embora não tenha as pernas que tinha há 20 anos”.

P: O que o levou a pedir para jogar o Pré-Olímpico? Como você mantém a motivação?

R: “A iniciativa de jogar o Pré-Olímpico foi simplesmente uma questão pessoal, emotiva, do significado do que a seleção brasileira tem para mim… No ano passado, no Mundial, as coisas não acabaram como eu queria e merecia. Decidi no último momento que queria voltar a jogar, embora estivesse muito decidido a não fazer isso. A motivação continua, sem ela não seria capaz de render e me divertir na quadra. Tem que ter sempre, seja você jovem, um jogador consolidado ou um veterano. A motivação tem que existir para buscar seus sonhos e ter sucesso”.

P: Como essa experiência te enriqueceu? O Marcelinho de agora é melhor que o do que jogou no Los Angeles Lakers (2015-2017)?

R: “Ter vivido muitas batalhas, Jogos Olímpicos, Mundiais, ter uma carreira bastante longa a nível de clubes e seleção… A experiência tem um papel muito importante nessas partidas, principalmente nas eliminatórias. Espero poder estar no meu melhor nível, físico e técnico, também mental, e que tenhamos o rendimento esperado. Esses jogos não muito nervosos, muitas vezes é preciso diminuir a tensão e ter mais tranquilidade do que o habitual, para ganhar jogos equilibrados em que cada ponto conta pode fazer a diferença”.

P: O Brasil será o representante sul-americano no torneio olímpico de basquete. Com qual desempenho você sairia de Paris satisfeito?

R: “Não acho que temos que nos dar por satisfeitos com qualquer coisa. Todas as equipes que estão aqui têm um nível muito parecido. É claro que os Estados Unidos são favoritos, mas todos acreditam em suas chances e todos os jogos terão um valor muito grande, tanto na diferença de pontos como nas eliminatórias. Qualquer detalhe pode te levar à luta por medalha ou te eliminar. O Brasil é capaz de competir contra todos e temos que nos preparar para isso”.

P: Você acabou de renovar com o Tenerife até 2026. Até quando você gostaria de jogar? Em que momento você acha que vai pensar em parar?

R: “Renovei por mais dois anos e estou muito feliz por estar em um grande clube, em uma grande ilha, é a minha casa agora… Estamos muito confortáveis e muito felizes. Quero aproveitar estes dois anos e o tempo vai dizer quando vou parar. Por enquanto estou bem, como fome e motivação, é isso que vale. Quando chegar o momento, vou saber, mas não coloco uma data. Quero ir com calma. Agora não sei dizer”.
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