A seleção brasileira conheceu a primeira derrota nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. A última vez que o Brasil saiu de campo como derrotado foi em 2015, quando foi batido pelo Chile por 2 x 0. Nesta quarta-feira (17), no Estádio Centenário, em Montevidéu, o placar foi o mesmo, mas o adversário era o Uruguai. Darwin Núñez e De La Cruz anotaram os gols. Para piorar, o atacante Neymar saiu de campo ainda no primeiro tempo com suspeita de lesão grave no joelho.
GALVÃO DETONA A SELEÇÃO APÓS DERROTA PARA O URUGUAI: “NUNCA VI UM TIME TÃO RUIM”
A partida que pôs fim a uma invencibilidade de 37 partidas (28 vitórias e nove empates) na competição que dá vaga ao mundial começou com o Brasil tendo a posse da bola. A equipe de Fernando Diniz trocava passes no próprio campo e, em muitas ocasiões, acionava o goleiro Ederson. Faltou criatividade, intensidade e o principal: chute a gol.
No primeiro tempo, o time brasileiro teve 62% do tempo com a bola no pé. Foram 316 passes trocados, mas essa superioridade não foi convertida em oportunidade. Em muitos momentos do enfrentamento, o atacante Neymar precisou fazer o papel de volante e iniciar a jogada na própria.
Depois da metade do primeiro tempo, o duelo ficou mais pegado, com mais faltas, principalmente, em Vini Jr.. O Uruguai também não oferecia perigo. O jogo ficava no meio de campo. Sem ameaças.
A primeira e única finalização da etapa inicial foi dos donos da casa. E saiu o gol. Maxi Araújo foi no fundo pela esquerda e cruzou para Darwin Núñez, que completou para o gol de cabeça aos 41 minutos. Aos 44, o Brasil sofreu um novo golpe. Neymar saiu de campo de maca, chorando, após lesionar o joelho. Richarlison substituiu o camisa 10.
Etapa complementar
O segundo tempo começou com o time celeste melhor. Tentando o segundo gol, De La Cruz arriscou de falta aos sete minutos. A bola saiu pela linha de fundo. Valverde arrematou de fora da área aos 10, mas mandou por cima.
Aos 15, Gabriel Magalhães aproveitou cobrança de escanteio na área e cabeceou sem direção. Foi a primeira finalização do Brasil. Rodrygo acertou o travessão de Rochet em bonita cobrança de falta aos 23 minutos. Diniz fez algumas alterações para tentar melhorar o time. Entraram David Neres e Guilherme Arana nos lugares de Yan Couto e Carlos Augusto, respectivamente. Sem resultado.
Pelo contrário, quem marcou foi o Uruguai. Em uma bobeira da defesa Brasileira, Darwin Núñez recebeu passe de lateral, ganhou de Casemiro e Gabriel Magalhães na área e rolou para De La Cruz só empurrar para o fundo das redes, aos 31 minutos.
Em uma última tentativa de mudança, entraram Raphael Veiga e Matheus Cunha nas vagas de Bruno Guimarães e Vini Jr., mas também não deu resultado. O Brasil tocava a bola sem oferecer risco. Melhor para o Uruguai, que voltou a vencer o Brasil depois de 22 anos, já que a última vitória dos uruguaios sobre a seleção brasileira havia sido em 2001, quando o Brasil ainda era comandado pelo técnico Felipão.
A seleção nacional l voltará a atuar pelas Eliminatórias em novembro. A Colômbia será o adversário do dia 16, em Baranquilla. Já no dia 21, será a vez da Argentina, no Maracanã, Rio de Janeiro.
O jogo
Terça-feira/ Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. Árbitro: Alexis Herrera, auxiliado por Alberto Ponte e Antoni García (trio da Venezuela).
Uruguai 2
Rochet; Nández (Bruno Méndez), Araújo, Sebastián Cáceres e Mathías Olivera (Viña);; Ugarte, Valverde e De La Cruz; Pellistri (Piquerez), Darwin Núñez e Maxi Araújo (Vecino). Técnico: Marcelo Bielsa.
Brasil 0
Ederson; Yan Couto (David Neres), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Carlos Augusto (Guilherme Arana); Casemiro e Bruno Guimarães (Raphael Veiga); Rodrygo, Neymar (Richarlison) e Vini Jr. (Matheus Cunha).; Gabriel Jesus. Técnico: Fernando Diniz.
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