De desacreditado ao pódio. Assim foi a trajetória do campo-bonense Geraldo Rosenthal, de 48 anos, nos Jogos Parapan-americanos de Santiago, no Chile. Dono de dois ouros e uma prata no tiro esportivo em Lima, no Peru, em 2019. Dessa vez, o atleta do Grêmio Atiradores Novo Hamburgo (GANH) se classificou em último lugar para a fase decisiva da competição. Na reta final, na segunda-feira (20), conseguiu surpreender e garantir a medalha de bronze em solo chileno na pistola mista 50 metros SH1. A primeira posição ficou com Yenigladys Suárez e o segundo com Di Angelo Loriga, ambos de Cuba.
“Foi uma mistura de vontade, determinação, da mão de Deus segurando o cano. Eu entrei em oitavo na classificação, o último, e cheguei a dominar a prova”, conta o campo-bonense, que vem sofrendo com duas hérnias na coluna e compressão na cervical.
“Na final são 24 tiros. Zera tudo e começa a decisão. Foi muito difícil, sofrido, estou com as pernas formigando, tenho alguns espasmos nas mãos. Em função da condição debilitada em que estou, dei alguns tiros ruins que me tiraram a medalha de ouro, mas foi divino. Eu não acreditava que poderia alcançar essa medalha”, completa.
Está na história
Rosenthal chegou perto do pódio na prova com pistola 25 metros, onde terminou em 4º lugar por um ponto de diferença para o 3º. O bronze no Chile dá um ânimo para o atleta, que não vinha de bons resultados nas últimas competições, muito por causa das dores.
“Esse Pan foi bem diferente do de 2019, que eu estava com saúde. Mas meu nome continua aqui. Dois recordes não foram batidos. Estou na história. E tenho muito a agradecer ao Grêmio Atiradores, onde eu treino e faço toda a minha preparação com o departamento de tiro”, conclui.
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