Müller, Klose, Kross (duas vezes), Khedira e Schürrle (duas vezes). Há exatos 10 anos estes cinco nomes marcavam de forma negativa a história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Pentacampeão mundial, o Brasil continua sendo o maior vencedor na história da competição, no entanto, o vexame em pleno Mineirão deixa ferida abertas até os dias atuais.
A partida, reedição da final de 2002, quando Ronaldo Fenômeno marcou duas vezes e Cafú ergueu a taça no Japão, era para ter sido de festa naquela tarde ensolarada em Belo Horizonte. No entanto, o sonho do hexa se tornou pesadelo logo aos 11 minutos, quando Müller fez o 1º gol alemão. Em apenas 18 minutos o Brasil perdia por 3 a 0, em casa.
Comandada por Luiz Felipe Scolari, treinador do título diante da mesma Alemanha, mas 12 anos antes, a Canarinho havia perdido Neymar, o camisa 10 se lesionou nas quartas de final. Em seu lugar, ao invés de um meio-campista, Felipão escalou Bernard, jovem do Atlético-MG, portanto, jogador “da casa” e que tinha “alegria nas pernas” conforme o técnico.
O resultado foi um desastre e a Alemanha, vestindo vermelho e preto, como o Flamengo, lembrou o time de Zico, Adílio, Andrade e Júnior em 1981. Mas, desta vez, o show esteve do lado estrangeiro e os alemães não fizeram mais no 1º tempo por alguns caprichos do destino.
No 2º tempo, veio mais e “Gool da Alemanha”, quase sussurrado por Galvão Bueno, parecia não sair da cabeça dos brasileiros. O Brasil ainda descontou, o gol de Oscar foi marcado aos 45 minutos do 2º tempo e não fez diferença. Depois, a Alemanha venceu a Argentina no Maracanã e se tornou tetracampeã mundial.
Enquanto isso, nas duas edições seguintes da Copa do Mundo a Seleção Brasileira não conseguiu passar das quartas de final. Talvez fosse melhor ter sido eliminado diante da Colômbia em 2014, também nas quartas, assim a vergonha do povo brasileiro seria menor.
E o martírio continua, afinal, na noite do último sábado (6) a Seleção voltou a perder, desta vez na Copa América, nos pênaltis para o Uruguai. O resultado e o desempenho mostraram que, 10 anos depois, o futebol Canarinho continua sem rumo
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