Seguindo o observado nos últimos dois meses, o preço da cesta básica em São Leopoldo começou o ano em queda, ainda que leve. Conforme pesquisa feita pelo Procon municipal, neste mês de janeiro o valor mais baixo ficou em R$ 646,84, representando uma diminuição de 0,35% em relação a dezembro.
Os itens que apresentaram as maiores reduções foram o sabão em pó, com queda de 44%, o frango resfriado e a cebola, ambos com redução de 43%. Um dos maiores vilões deste mês foi o expressivo aumento, de 125%, no preço do quilo da batata, seguido da banana, com 61%, e o óleo de soja, com 28%.
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Preço do quilo da batata foi o vilão da pesquisa feita neste mês de janeiro: subiu 125%
Priscila Carvalho/GES-Especial
O quilo da banana foi o segundo que mais aumentos esse mês: 61%
Priscila Carvalho/GES-Especial
O quilo da cebola, no entanto, teve 43% de redução, sendo o segundo com mais queda no mês
Priscila Carvalho/GES-Especial
Tomate é um dos produtos que mais sofre variação durante o ano
Priscila Carvalho/GES-Especial
Consumo familiar
A pesquisa é composta de 27 itens voltados à alimentação, higiene pessoal e limpeza, em quantidade para consumo familiar. Os dados ficam disponíveis para consulta no site da Prefeitura.
O Procon ressalta que a pesquisa foi realizada na segunda semana do mês e indica os preços praticados na data do levantamento, portanto, podem sofrer variações no decorrer do mês devido à disponibilidade de estoque, por exemplo.
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Os dois levantamentos anteriores feitos pelo Procon, em dezembro e novembro de 2023, também mostraram redução no preço final da cesta básica: de 3,51% e 0,50%, respectivamente. Outubro foi o último mês em que houve registro de elevação no preço, quando o valor final ficou em R$ 676,14 – um aumento de 5,91% em comparação ao mês de setembro (veja a tabela completa abaixo). Naquele período, foi também o quilo da batata que puxou a alta, com 60% de crescimento em seu valor. O sabonete, por sua vez, diminuiu em 36% o seu preço.
Setembro teve o menor valor do ano
Analisando os levantamentos feitos nos últimos 12 meses, o menor preço da cesta básica foi encontrado em setembro do ano passado: R$ 638,41. O valor mais alto, no entanto, foi observado em junho, quando ela fechou em R$ 734,09 – uma diferença de 11,88% para o preço registrado atualmente.
Se comparado ao mesmo período de 2023, o mês de janeiro apresentou redução de 6,25%, diminuindo de R$ 689,97 no ano passado para R$ 646,84 neste.
Os levantamentos apontam ainda que os produtos que mais sofrem variação de preço são tomate, cebola e batata. Em maio, por exemplo, o quilo do tomate aumentou 54% e o da cebola diminuiu 40%. No mês seguinte, foi o contrário: o quilo da cebola que mais aumentou, 24%, e o do tomate que mais diminuiu, 39%. Tomate e cebola também foram os protagonistas em março. O primeiro teve o maior percentual de aumento, com 95%. Já o segundo, a maior queda: 25%.
Fatores que influenciam na queda
Diretor do Procon de São Leopoldo, Gilmar Valadares avaliou os preços encontrados e ponderou que o valor final observado tem diminuído em relação a outros anos. Na visão dele, o crescimento econômico, o investimento do governo federal na agricultura e a baixa do diesel e da gasolina são alguns fatores que tem influenciado na diminuição do preço da cesta básica. “E o desemprego também reduziu. O incentivo que o governo federal deu nesta área foi fundamental para que a cesta básica tivesse equilíbrio e mais brasileiros tivessem acesso às compras. Podemos dar um exemplo: a carne. Era um produto para poucos no país. Hoje, não. Hoje, a maioria da população tem acesso por conta dos preços. Outro exemplo é o óleo de soja. Poderíamos trabalhar outros produtos, mas esses foram mais marcantes”, colocou.
Apesar de mais baixos, os consumidores comentam que os produtos ainda estão caros para a situação econômica atual. Moradora do bairro Cristo Rei, Iva Pacheco classificou o preço dos alimentos como “absurdo”, mas pondera que podia estar pior devido as condições climáticas enfrentadas nos últimos meses. Ela também destaca que busca bons itens, especialmente nas verduras e frutas, por isso, quando vale a pena, compra sempre no mesmo lugar, que já conhece. “Os preços estão muito altos. Mas eu procuro muito por qualidade também, então prefiro ir onde compro há muitos anos e tem coisas boas. Quando está muito caro, aí vou a outro lugar.”
Pesquisa por preço, mas também por qualidade
A alta no preço do quilo da batata foi o que fez a moradora do bairro Rio Branco, Lucia Osvaldina, 66 anos, não levar o item ontem, nas compras semanais que costuma fazer. “A batata subiu muito e o tomate também, mas hoje (ontem) ele está com preço bom, então vou levar. A batata vou deixar”, disse ela, enquanto escolhia verduras e frutas no mercado. “Mas eu pesquiso. Ontem (na segunda-feira), fui em outro lugar e o tomate estava mais caro. Deixei para comprar hoje (ontem)”.
A pesquisa também faz parte da rotina da professora Carla Machado, 57 anos. Porém, além do preço, ela busca por qualidade e variadas opções. “Os preços estão mais caros. Mas eu pesquiso bastante para procurar preço e os melhores produtos”, conta ela, que costuma fazer rancho uma vez por mês. “Hoje (ontem) estou levando verduras, frutas e carne. Mas tento olhar a qualidade e o preço. Por isso, tem que rebolar.”
Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial
Como contatar o Procon São Leopoldo
Cidadãos que desejam pedir informações ou denunciar irregularidades ao Procon São Leopoldo, podem entrar em contato de segunda a sexta-feira, das 9h às 14h, pelo telefone (51) 2200-0355 ou presencialmente, no 1º andar da Prefeitura (na Avenida Dom João Becker, 754, Centro). Durante a semana, das 14h30 às 18h, e nos sábados, das 9h às 18h, o atendimento é pelo telefone/WhatsApp de plantão da fiscalização: (51) 99564-0574.
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