Mais uma empresa pediu recuperação judicial ao enfrentar uma grave crise financeira. A Casa do Pão de Queijo, uma das maiores redes do segmento no País, registrou o pedido na última sexta-feira (28), e a dívida ultrapassa os R$ 57 milhões.
Em comunicado oficial, a companhia que nasceu em São Paulo nos anos 60 informou que foi fortemente impactada pela pandemia de Covid-19 e citou também o cenário macroeconômico pouco favorável, com juros altos.
“Suspendemos atividades por razões sanitárias com a consequente perda de produtos, sem suficiente contrapartida em termos de aluguéis de lojas, pagamento de funcionários e contratos com fornecedores”, diz o comunicado.
Nos últimos anos, a rede ficou bastante conhecida por ter unidades próprias dentro de aeroportos. Além disso, atua com sistema de franquias. A Casa do Pão de Queijo afirma que muitos de seus franqueados também foram severamente impactados a partir da pandemia.
O pedido de recuperação judicial engloba apenas as 28 filiais geridos pela própria holding e localizadas nos aeroportos.
O que acontece agora?
Após o stay period (que é o prazo de 180 dias após o pedido de recuperação judicial), a empresa deverá seguir diversos passos para garantir a recuperação. Entre eles, a apresentação detalhada do plano de recuperação, a ser avaliado pelos credores e pelo juiz, a negociação com credores, de forma a ajustar prazos, valores e condições de pagamento das dívidas, entre outros pontos.
A empresa diz que o funcionamento das filiais e o quadro de empregados nas mesmas não serão afetados pelo processo de recuperação judicial. A companhia ressalta também que novas franquias serão abertas nos próximos meses.
Starbucks também vive crise
Essa não é a primeira grande rede de cafeteria que “pede socorro” para não ir à falência. A SouthRock pediu recuperação judicial referente às operações das atividades da Starbucks no Brasil no fim de 2023. No último mês, a Zamp comprou os ativos e operações da cafeteria no Brasil, numa tratativa que envolveu R$ 120 milhões.
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