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MULTINACIONAL

Taurus completa 85 anos de operação e celebra resultados positivos em mais um trimestre

Com receita de R$ 360,7 milhões, empresa, que tem sede em São Leopoldo, registrou margem bruta de 35,5% no terceiro trimestre deste ano

Priscila Carvalho
Publicado em: 21/11/2024 às 18h:26 Última atualização: 21/11/2024 às 18h:27
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A Taurus,  maior vendedora de armas leves do mundo, que tem sua sede brasileira situada em São Leopoldo, completa 85 anos de história. E esta importante data, celebrada nesta semana, vem com um motivo a mais para comemorar: os resultados positivos da companhia tanto nos 9 primeiros meses do ano quanto no terceiro trimestre de 2024.

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Fábrica da Taurus em São Leopoldo



Fábrica da Taurus em São Leopoldo

Foto: Divulgação/Taurus

De janeiro a setembro, tanto o desempenho do mercado como o da Taurus se apresentaram de acordo com as expectativas. Os resultados foram superiores ao dos 9 meses de 2019 em termos de receita, Ebitda e lucro líquido. No 3.º trimestre de 2024, mais uma vez, a margem bruta da companhia, de 35,5%, foi acima do registrado por empresas norte-americanas do setor listadas em bolsa de valores, confirmando o diferencial da Taurus em termos de eficiência e custos de produção entre os mais competitivos do mundo.

“Tivemos um trimestre muito alinhado com nossos objetivos. Tivemos uma receita de R$ 360,7 milhões e, o mais importante, 35% de receita líquida. Eu digo que isso é importante, porque as duas maiores concorrentes nos Estados Unidos, fizeram margens muito inferiores a nossa, mesmo com todas as dificuldades que temos no nosso mercado, no Brasil, e que eles não têm lá. E continuamos fazendo as melhores margens do mercado. Então, a companhia é uma companhia redonda”, disse o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, em entrevista à reportagem do Jornal VS.

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Novos projetos já agregaram valor

“Entendemos que nosso resultado desse trimestre está alinhado com nossas expectativas e o mais importante que tenho falado: a gente chegou a entregar resultados de projetos grande nossos, que já agregaram valor nesse trimestre”, destacou, citando a joint venture para a fabricação de carregadores (TJM), que contribuiu com cerca de R$ 1 milhão para o resultado da companhia – atualmente, cerca de 40% das pistolas vendidas pela Taurus nos EUA, Brasil e demais países de atuação, têm o carregador TJM.

Outro destaque apontado por Nuhs neste trimestre, foi o lançamento no Brasil de armas com o calibre .38 TPC, inédito a nível mundial, havendo a possibilidade de disponibilizar esses produtos também para mercados no exterior. “Não é que fizemos uma nova arma, desenvolvemos um calibre novo. Fizemos um novo produto e hoje é que o mais representa no mercado interno”, disse. “Criamos fundamentos sólidos na companhia e nos preparamos para o momento que estamos vivendo”, acrescentou.

Exportação é o carro-chefe

Outro dado importante trazido pelo relatório de resultados do terceiro trimestre aponta para as exportações. Dos R$ 360,6 milhões de receita no período, R$ 282,1 milhões foram resultado das exportações em geral, sendo 70,3% desse total de exportações de armas para os Estados Unidos e 29,7% em geral para outros países.

“Nosso carro-chefe é a exportação”, definiu Nuhs, ressaltando que bons números conseguidos através dela possibilitaram que a fábrica leopoldense não tivesse grandes levas de demissões como no ano passado. “Não fizemos este ano e não vamos fazer até o final de 2024”, pontuou.

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Projeto na Arábia Saudita

Sempre acompanhando as possibilidades no mercado internacional, a Taurus apresentou um projeto de mais uma joint venture, com a Scopa Military Industries na Arábia Saudita, com a instalação de uma operação no país. Segundo Nuhs, o projeto está evoluindo, sendo que foi apresentado às autoridades sauditas o plano de localização e transferência de tecnologia, contemplando a fabricação, no curto prazo, de pistolas 9mm e fuzis 5.56 e .300 BLK e, no médio e longo prazo, a possibilidade de ampliação de portfólio com a fabricação de armas até o calibre .50, visando atender às demandas internas da Arábia Saudita e dos países membros do GCC.

Fábrica da Taurus na Índia



Fábrica da Taurus na Índia

Foto: Divulgação

A história da Taurus

A fabricante, que começou em Porto Alegre, no ano de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, com uma pequena produção de ferramentas estabelecida por um grupo de empresários do Rio Grande do Sul, passou por profundas transformações nos últimos anos e se tornou uma empresa sólida em termos de gestão, operação e governança corporativa, evidenciando em seu DNA a capacidade de renovação, o que é essencial para uma empresa alcançar tal longevidade.

Atualmente, a Taurus é uma gigante multinacional brasileira, líder mundial na fabricação de revólveres e uma das maiores produtoras de pistolas do mundo, além de ser a marca mais importada no exigente e competitivo mercado dos Estados Unidos – maior mercado de armas do mundo.

Entre os seus diferenciais, possui um completo portfólio composto por revólveres, pistolas, submetralhadoras, fuzis, carabinas, rifles e espingardas, atendendo os mercados civil, militar e policial.

Hoje, a companhia está sediada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e conta com mais duas unidades produtivas: em Bainbridge, na Geórgia (EUA), e no Estado de Haryana, na Índia.

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“É um orgulho e uma honra completar 85 anos de mercado”

“A Taurus é uma multinacional com origem gaúcha, que emprega cerca de 2.200 pessoas no Estado do Rio Grande do Sul, movimenta uma grande cadeia de fornecedores que geram milhares de empregos indiretos, e exporta seus produtos com alto valor agregado para mais de 100 países, impulsionados pela inovação, tecnologia e pelos avanços da Indústria 4.0. Em 2023 foram mais de R$ 883 milhões em exportação. Não por acaso, a Taurus está entre as principais empresas que movimentam a economia e que são protagonistas do empreendedorismo. É um orgulho e uma honra completar 85 anos de mercado e contribuir por tanto tempo com o país”, afirmou Salesio Nuhs.

 

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