A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informou nesta quinta-feira (22) que itens da cesta básica e hortifrutigranjeiros poderão ficar mais caros no Rio Grande do Sul a partir de abril.
Seria uma consequência do corte de incentivos fiscais concedidos pelo governo do Estado a setores da economia, incluindo da alimentação.
No fim do ano passado o governo tentou elevar a alíquota básica de ICMS, mas acabou retirando o projeto da pauta da Assembleia Legislativa e informou que a alternativa seria diminuir incentivos fiscais.
Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a saída encontrada pelo governo gaúcho “é a pior possível”, pois atingirá justamente as famílias de baixa renda com possível aumento no preço dos alimentos.
“Estamos transferindo a conta para as famílias menos abastadas e que já estão com seu poder de compra altamente reduzido. O consumidor gaúcho não tem renda para suportar aumento de preços em alimentos essenciais do seu dia a dia neste momento”, afirma.
A Agas informa que o governo do Estado pretende tributar produtos da cesta básica e frutas, legumes e verduras, historicamente isentos do imposto estadual. “São produtos de primeira necessidade e consumidos massivamente pelas camadas mais pobres da população. Aumentar impostos de alimentos básicos é, na prática, retirar diariamente comida da mesa destas famílias”, justifica Longo.
O empresário cita o exemplo do Paraná, que teve sua alíquota básica de ICMS majorada de 19% para 19,5%, mas mantém a cesta básica desonerada, para explicar o efeito negativo que a medida sugerida pelo Palácio Piratini pode trazer à economia.
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