O South Summit Brazil é um grande encontro de negócios e aprendizagem. Nos armazéns do Cais Mauá, na capital dos gaúchos, é possível acompanhar palestras de empreendedores e especialistas renomados e também conhecer iniciativas que buscam investimento para evoluírem no mercado.
E os segmentos são variados. A Ziel Biosciences, empresa especialista em tecnologia oncológica residente externa da unidade de Porto Alegre do Feevale Techpark, apresenta no evento algumas de suas inovações. Entre elas, a autocoleta como estratégia de rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis.
“Temos pesquisa e desenvolvimento de 18 patentes no nosso pipeline. O autocoletor ele retira uma amostra do colo do útero. A mulher introduz na vagina, aperta e sai uma esponja que irá fazer a coleta. Quando ela retira o material, ele fica protegido no tubo. Depois, mistura o material em um líquido e vai pro laboratório”, explica a fundadora e CEO, Caroline Brunetto.
E há um outro produto sendo desenvolvido para complementar o processo. “É parecido com o formato de teste de gravidez. A mulher fará sua coleta e poderá ver o resultado do teste. Estamos criando um aplicativo para poder ter a explicação adequada. Ela vai tirar uma foto e terá todo auxílio e encaminhamento”, complementa a CEO, que lembra da importância do acompanhamento médico.
A ideia é disponibilizar futuramente também pelo SUS. “Viemos no South Summit para mostrar nossas pesquisas e conseguir parcerias. Queremos vender em farmácias os kits e também que as mulheres possam ter acesso pelo SUS”, destaca Caroline.
Outra ideia inovadora apresentada pela empresa é um produto para oncologia de precisão. “É uma plataforma em que colocam-se medicamentos que agem contra células cancerígenas e partes coletadas de exame, como em uma biópsia, por exemplo. Cada pedacinho do tumor age em um medicamento, quanto mais clara a reação mais eficiente. Estamos finalizando o estudo”, detalha a fundadora da startup. O projeto é coordenado por Martina Lichtenfels, que também está no estande da Ziel no South Summit Brazil.
Plataforma para estudantes
A educação também é uma área que gera resultados inovadores. A L&PM na Classe é a primeira plataforma digital no Brasil que desenvolve conteúdo de literatura em formato de microlearning (micro aprendizagem), que é uma abordagem de ensino com conteúdos sucintos, objetivos e direcionados para professores, estudantes e familiares.
“Não entregamos livro e nem resumo, entregamos o contexto sobre a obra. Quem é o autor, questões sobre história, geografia, inglês fazemos link com temas atuais. E tudo isso, antes, durante e após a leitura”, conta o CEO da startup Maurício Faraco, que comenta também sobre a motivação para o sistema híbrido.
“Percebemos que os professores tiveram ainda mais dificuldade em ensinar sobre autores como Machado de Assis após a pandemia. Assim, nós entregamos toda a estratégia didática e pedagógica para o professor nesta tarefa árdua de leitura e sempre tendo o professor como centro. O foco hoje são alunos do ensino médio e leituras mais voltadas para o vestibular”, complementa o CEO.
O programa tem um projeto-piloto com o Sesi e está sendo implementado em todo o ensino médio das escolas gaúchas da rede. “O South Summit pra nós é um grande alavancador. Estamos conversando com pessoas do setor e se surgirem negócios, ótimo. Mas nossa intenção é mesmo estabelecer conexões”, afirma Faraco.
Empréstimo e aluguel de guarda-chuva
A chuva que caiu em Porto Alegre nesta quinta-feira (21), não afetou os participantes do evento. E uma startup de São Paulo, a Rentbrella, levou uma solução prática e rápida para quem queria um auxílio para não se molhar. Uma máquina de empréstimo e aluguel de guarda-chuva. Durante o evento, o sistema funciona assim: por 24h é grátis, o segundo dia é cobrado uma taxa de R$ 2 e no terceiro dia o mesmo valor.
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O responsável pelo comercial da empresa, Jefferson Lima, fala sobre a iniciativa. “Em São Paulo, onde temos a matriz, são mais de 500 pontos. São diversos estados, incluindo o Rio Grande do Sul, e temos também pontos em Nova York e Londres. As empresas contratam e instalamos nos pontos determinados. Tudo é feito de forma personalizada e cada empresa coloca tio diferente de cobrança. A intenção da empresa não é cobrar pelo guarda-chuva, mas sim fazer um marketing de forma mais espontânea.”