ECONOMIA

Setor industrial do RS projeta redução de demanda e de emprego nos próximos meses; entenda

Pesquisa realizada com empresários do setor foi feita em novembro e dezembro de 2023

Publicado em: 11/01/2024 15:51
Última atualização: 11/01/2024 20:50

A Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta quinta-feira (11) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), aponta que as perspectivas dos empresários gaúchos não estão nada otimistas. Os dados coletados mostram continuidade na redução da demanda e do emprego. A pesquisa realizada com empresários do setor foi feita em novembro e dezembro de 2023.


Setor da indústria está preocupado e pessimista Foto: Agência Brasil

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“Nos últimos 15 meses, a produção industrial gaúcha caiu em 11, e o emprego alcançou a 14ª queda consecutiva. Com um cenário econômico de incertezas, aumento da carga de ICMS via corte de incentivos fiscais e insegurança jurídica, os empresários estão receosos e mantêm cautela em relação a futuros investimentos”, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

O levantamento de novembro mostra que o índice de produção alcançou 48,5 pontos no penúltimo mês do ano passado. O índice varia de zero a 100 pontos e valores abaixo de 50 indicam diminuição da produção frente ao mês anterior. Da mesma forma, o índice de número de empregados ficou em 47,3 pontos no mês, se mantendo abaixo de 50 e com redução de 1,4 ponto em relação a outubro. 

Apesar da redução na produção, a pesquisa da Fiergs mostra crescimento nos estoques de produtos finais em novembro de 2023. A entidade lembra que este não é um bom indicativo, já que limita o processo de escoamento do excesso de produção. O índice de evolução mensal atingiu 52,7 pontos, o que denota aumento dos estoques em relação a outubro.

Na pesquisa realizada entre 1º e 11 de dezembro do ano passado, mesmo que todos os índices de expectativas tenham crescido em relação ao mês de novembro, os números continuaram abaixo dos 50 pontos. O setor ainda prevê queda da demanda (48,4 pontos) e das exportações (49,8) no semestre, o que deve repercutir negativamente no emprego (48,7 pontos) e nas compras de matérias-primas (48,4).

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