ECONOMIA

Setor de transportes repudia suspensão de recursos emergenciais pelo BNDES; entenda

Medida foi suspensa e regras devem ser reescritas pelo BNDES

Publicado em: 22/06/2024 15:15
Última atualização: 22/06/2024 16:48

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs) emitiu uma nota de repúdio sobre a suspensão da liberação dos recursos financeiros pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que seriam destinados às empresas impactadas pelas recentes enchentes no Estado.


Entidade exige liberação de recursos emergenciais para o setor Foto: Setcergs/Divulgação

O início da liberação dos recursos financeiros estava previsto para a sexta-feira (21), mas agora já não há mais previsão para a aplicação dos valores. De acordo com o Setcergs, a suspensão representa um agravamento da situação que as transportadoras enfrentam decorrentes das inundações. A entidade solicitada a liberação imediata dos recursos.

"As empresas estão há cerca de 60 dias sem operação plena e com expressiva redução de receita que as impossibilitam de garantir a folha de pagamento dos colaboradores", disse.

Além da demora, o sindicato demonstra preocupação com os critérios geográficos estabelecidos pelo governo, que, segundo o Setcergs, restringem o acesso aos benefícios apenas às empresas situadas dentro da área de inundação.

"Como o transporte rodoviário é móvel, os prejuízos não se limitam às localizações específicas das matrizes e filiais das transportadoras. O prejuízo no caso das empresas do setor de transporte ocorre de forma direta e indireta, pois quem não foi atingido pela inundação foi impactado financeiramente, havendo casos de empresas transportadoras que tiveram redução de até 60% no seu faturamento", completa a nota oficial da entidade gaúcha.

Por outro lado, a justificativa do governo federal é de que empresas que não se enquadram nos critérios estavam dando um "jeitinho" de ter acesso às linhas de crédito de forma indevida. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que as regras dos recursos emergenciais serão reescritas.

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