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ECONOMIA

RETROSPECTIVA 2023: Relembre empresas que tiveram demissões em massa ou fecharam as portas no RS

Entre os motivos que levaram indústrias a tomarem tais decisões estão falta de demanda e restruturação

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 29/12/2023 às 17h:55 Última atualização: 29/12/2023 às 18h:23
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Em 2023, algumas empresas do Rio Grande do Sul precisaram demitir funcionários e outras tiveram que fechar as portas. Entre os motivos que levaram as indústrias, a maioria do setor calçadista, a tomarem essas decisões, estão falta de demanda e restruturação.

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Empresa entrou em recuperação judicial em 2019 | abc+



Empresa entrou em recuperação judicial em 2019

Foto: Jefferson Bernardes/Preview

Relembre:

  • Paquetá

Cento e vinte pessoas que estavam com o contrato de trabalho suspendo foram demitidas da sede da Paquetá The Shoe Company, em Sapiranga, neste ano. Os desligamentos aconteceram em 30 de novembro.

O diretor financeiro da companhia, Eurico Nunes, não deu detalhes sobre as demissões, mas que a decisão fazia parte da reestruturação da Paquetá. Unidades da empresa no Ceará também foram fechadas em novembro e mais de mil funcionários foram demitidos da empresa na região Nordeste, conforme informou o secretário-geral do sindicato, Leandro Rodrigues dos Santos. Desde 2019 a empresa estava em processo de recuperação judicial, encerrado em 11 de novembro.

  • Taurus

Mais de 300 funcionários foram demitidos da Taurus em 2023. A fabricante de armas, que tem sede em São Leopoldo, anunciou em 25 de julho o desligamento de cerca de 100 colaboradores. No início do ano, no entanto, 230 pessoas já haviam sido demitidas. Em novembro, o CEO da empresa, Salesio Nuhs, declarou, ainda, que não descartava a possibilidade de novos desligamentos até o fim deste ano

Nuhs justificou que as demissões são consequência do decreto do governo federal que restringe o acesso a armas no País.

  • Grupo Dass

No dia 31 de julho, o Grupo Dass, que tem sede em Ivoti e atua na gestão e sourcing para marcas esportivas, fechou a fábrica de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. Ao todo, 342 funcionários foram demitidos.

A empresa elencou, entre os fatores determinantes para o fechamento, a competitividade de custo, questões de conflito tributário entre os estados, índice elevado de absenteísmo e redução da programação de pedidos pelos clientes.

  • John Deere

A John Deere de Horizontina, no Noroeste do Estado, demitiu 297 funcionários entre os dias 6 e 7 de novembro. Os desligamentos da multinacional do setor de implementos agrícolas atingiram as áreas de produção de colheitadeiras, como solda, pintura, montagem, estamparia e almoxarifado. Além disso, 60 dessas demissões foram de pessoas em funções temporárias. Em agosto, a empresa já havia demitido 170 colaboradores.

Jorge Luís Ramos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região, relatou que a medida foi tomada, segundo a empresa, para que ela pudesse se adequar ao volume de produção. Inicialmente, a pretensão era que 350 pessoas fossem desligadas, mas foi feita uma negociação sindical para chegar ao número efetuada.

  • Dream Indústria e Comércio

No dia 4 de dezembro, funcionários da unidade de Cachoeira do Sul da Dream Indústria e Comércio foram surpreendidos ao chegarem na fábrica e a encontrarem fechada. Em seguida, foi realizada uma reunião em à frente a empresa, na qual 180 pessoas foram informadas que estavam demitidas. Apenas continuaram vinculadas à indústria funcionárias gestantes. 

Meses antes, em janeiro, a Dream, especializada em equipamentos fitness, havia comprado a Calçados Jacob, que atuava no local há 15 anos, em um pavilhão doado pela prefeitura. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Calçado e Vestuário da cidade, Beto Bastos, relatou que a empresa teria alegado que não havia demanda suficiente para manter a fábrica no município, já que a produção estaria muito abaixo do viável para eles.

  • RDois Injetados

A indústria RDois Injetados, que trabalha na produção de componentes, como solas e palmilhas, para calçadista da região, demitiu, ao todo, 130 funcionários entre os dias 19 e 20 de dezembro. Destes, 90 atuavam na sede da empresa, em Taquara, e os outros 40 na filial, em Igrejinha.

Em nota, a empresa destacou que a retração do mercado sentida em 2023, somada a queda de produção do fim de ano, os levou a tomar tal decisão. Contudo, os dirigentes destacaram que a expectativa é que o fluxo de produção normal da empresa deve ser retomado no início de 2024.

  • Carrefour

Após comprar a marca Big, o Grupo Carrefour decidiu fechar unidades de hipermercados em diferentes cidades do Estado neste final de dezembro. Até o fim de janeiro, a empresa vai parar de atuar em São Leopoldo, Esteio, Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Ijuí e também na unidade da Avenida Sertório, em Porto Alegre. Além disso, a loja em Cachoeirinha está desativada, mas isso porque ela se tornará um Atacadão, que faz parte do Grupo Carrefour Brasil.

A empresa relatou, em nota, que o encerramento de atividades pela região faz parte de um processo de “revisão do seu portfólio como forma de otimizar a rede de lojas de seu ecossistema. Neste sentido, algumas lojas serão convertidas para outros formatos e também estão previstos fechamentos pontuais.”

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