FORÇA ECONÔMICA

Região contribui com mais de 15% do PIB estadual; entenda

Setor industrial é o de maior destaque na composição da riqueza dos municípios regionais

Publicado em: 16/12/2023 21:25
Última atualização: 16/12/2023 22:04

Municípios da região de cobertura do ABC Mais concentraram R$ 90,29 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Juntos, os municípios respondem por 15,5% de todo o PIB estadual, que fechou 2021 em R$ 581,28 bilhões.


Setor industrial segue sendo o mais importante para a economia regional Foto: Divulgação/Arquivo

Das 43 cidades que compõem a área de cobertura do Grupo Sinos, três estão entre as que mais participam do resultado Estadual. Canoas, ocupa o terceiro lugar participando de 3,78% do PIB estadual, ficando atrás apenas de Porto Alegre e Caxias do Sul.

São Leopoldo, com 1,87%, é a sétima cidade com maior participação no PIB estadual, uma posição acima do registrado em 2020. Já Novo Hamburgo, se manteve na 10ª posição, mesma ocupada em 2020, dessa vez com 1,73% de participação no PIB estadual.

Jutos os três municípios também reforçam sua importância econômica para a região, respondendo por 46,6% do PIB somado das cidades da região. O valor somado das riquezas das três cidades totaliza R$ 42,11 bilhões. O PIB é o cálculo bruto de todos os bens e serviços produzidos por cidades, estados e país.

As três cidades se destacam pelos bons resultados industriais, que em 2021 viveu um momento de recuperação de preços, como destacou o analista de Contas Regionais do IBGE, Luiz Antonio de Sá. “Agropecuária e indústria tiveram um desempenho relativamente maior em termos de valor por conta do aumento de preços nas commodities agrícolas no primeiro setor e do minério de ferro e petróleo na indústria”, explicou.

Em toda a região, as riquezas geradas pela indústria somaram R$ 60,63 milhões. As três cidades com melhor resultado geral somam R$ 13,21 bilhões gerados apenas no setor industrial. Outra cidade que se destaca nesse quesito é Montenegro, terceira com melhor resultado financeiro na produção de industrial com uma soma de R$ 2,37 bilhões, ficando atrás apenas de Canoas e São Leopoldo, e a frente de Novo Hamburgo, quarta colocada.

Descentralização

Mesmo com números melhores do que em 2020, e no caso de São Leopoldo com crescimento na participação do PIB estadual, as três principais cidades da região seguiram a tendência nacional de queda na participação da composição do PIB estadual e nacional.


Analista de Contas Regionais do IBGE, Luiz Antonio de Sá Foto: Divulgação IBGE

Com expansão econômica para as cidades do interior, o que se viu em 2021 foi um crescimento dessas cidades. “Há uma tendência histórica das grandes concentrações urbanas perderem participação em detrimento a cidades menores, o que contribui para redução das desigualdades espaciais no país”, avalia o geógrafo do IBGE, Marcelo Delizio Araujo.

O principal exemplo da descentralização é a cidade de Macaé, no Rio de Janeiro, que na participação nacional do PIB saltou da 354ª posição em 2002 para o 26º em 2020 e 8º lugar em 2021, ficando a frente de Porto Alegre, que caiu uma posição em comparação com 2020, sendo a 9ª cidade em participação nacional.

Mesmo São Paulo e Rio de Janeiro, que seguem sendo as principais cidades na composição do índice, tiveram uma queda em 2021.

Renda pessoal

Quando o assunto é o PIB per capita, ou seja por habitante, os dados apontam para uma melhor distribuição nas cidades pequenas. Na região, quem lidera esse índice é a cidade de Tupandi.

Com pouco mais de cinco mil habitantes, o município tem um PIB per capita de R$ 106.314,39, muito acima de Canoas, com R$ 62.892,77, São Leopoldo que tem R$ 45.159,57 e Novo Hamburgo, que possui um PIB per capita de R$ 40.589,43.

Montenegro, mais uma vez se destaca nesse índice, ficando com o segundo melhor PIB per capita com um total de R$ 86,94 mil.

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