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ECONOMIA AFETADA PELA ENCHENTE

"Redução do emprego e exportações": Fiergs analisa cenário da produção industrial no RS

Dados divulgados pela Fiergs nesta quinta-feira mostram que empresários gaúchos ainda sofrem com impactos das cheias

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 27/06/2024 às 15h:58 Última atualização: 27/06/2024 às 21h:29
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A Sondagem Industrial do RS divulgada nesta quinta-feira (27) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) mostra o impacto das enchentes de maio na produção e na utilização da capacidade instalada das empresas. 

Indústrias foram muito afetadas com a enchente de maio | abc+



Indústrias foram muito afetadas com a enchente de maio

Foto: Vinícius Mosmann

Segundo a Fiergs, o índice de evolução atingiu 33,8 pontos, o menor valor já apurado para o mês, e 13,6 pontos abaixo da média histórica de maio (47,4). O índice varia de zero a cem pontos, e abaixo de 50 indica queda da produção ante o mês anterior.

“Para os próximos seis meses, as expectativas dos empresários apontam estabilidade da demanda, mas, infelizmente, com redução do emprego e das exportações”, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

A entidade vem solicitando junto ao governo federal a adoção de medidas que ajudem a preservar o emprego e a renda dos trabalhadores, além de linhas de créditos facilitadas para as empresas.

Outros dados

Apenas em março e abril de 2020, quando enfrentava os efeitos iniciais e mais intensos da pandemia de Covid-19, a produção caiu tanto. Em maio de 2024, 55,5% das empresas relataram redução da produção ante abril, sendo que, para 35,5% destas (19,5% do total das empresas), a queda foi acentuada.

Assim como a produção, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria gaúcha recuou bastante em maio, atingindo 57% – uma diferença de 14 pontos percentuais a menos do que na comparação com abril (71%).

O grau médio também ficou 11,1 pontos percentuais abaixo da ocupação média histórica do mês, que é de 68,1%, e só é maior que a UCI dos meses de abril (49%) e maio de 2020 (56%). No mesmo sentido, o índice em relação à UCI usual registrou 32,5 pontos, o valor mais baixo desde maio de 2020.

Nesse caso, valores inferiores a 50 revelam que, na percepção dos empresários, a UCI ficou abaixo do normal para o mês. Quanto menor, mais distante.

Emprego

emprego industrial também caiu em maio (índice de 47 pontos) de forma mais intensa do que em abril (49,6), mas não destoou muito do comportamento esperado para o mês, cuja média histórica tem sido de 47,9 pontos. O índice de número de empregados também varia de zero a cem pontos, sendo que dados abaixo desse valor indicam queda na comparação com o mês anterior.

O que deve vir por aí

A Sondagem da Fiergs aponta também as perspectivas da indústria gaúcha para os próximos seis meses. O índice de demanda registrou 49,9 pontos este mês, o que significa que os empresários esperam uma estabilidade na demanda pelos seus produtos no período. Já as projeções dos empresários para o número de empregados (48,1 pontos), para as compras de matérias-primas (47,9) e para as exportações (48,1) são de queda.

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