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Quer começar o novo ano "no azul"? Confira dicas de economista para quitar dívidas e investir

Inadimplência bateu recorde em novembro; veja como se planejar e onde investir a reserva financeira

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 30/12/2024 às 11h:12 Última atualização: 30/12/2024 às 11h:14
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O mês de novembro em 2024 registrou o maior índice de inadimplência no Brasil desde outubro do ano passado. Conforme dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o endividamento avançou 77% no penúltimo mês deste ano. Entre as famílias brasileiras, 29,4% têm dívidas em atraso e no RS este número alcança 36,4%.

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Fim do ano é momento ideal para organizar a vida financeira | abc+



Fim do ano é momento ideal para organizar a vida financeira

Foto: Freepik

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Este número deve ser bem menor em dezembro já que houve pagamento de parcelas do 13º salário. Ainda assim, é época de preparar o bolso para as contas que virão no começo de 2025, como tributos, compra de material escolar, entre outros. A economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Patrícia Palermo, lembra que o primeiro passo para começar o ano com as contas “no azul” é entender a sua realidade financeira.

“Eu preciso saber quanto ganho e quanto custa a vida que eu levo. É essencial monitorar os gastos. Se eu já tenho dívidas que tenho problema para honrar significa que eu não posso fazer mais dívidas. No começo do ano temos contas extras, no sentido de extraordinárias, como IPTU, IPVA que não paguei antecipado, muita gente fará férias e é quando nos permitimos custos e consumos que não são tradicionais. O ideal é se preparar durante ano para este momento”, ressalta Patrícia.

Em relação aos débitos existentes, a negociação direta é a melhor opção, conforme a economista. “O melhor caminho é a negociação direta, com o banco, com a loja. Mas não adianta firmar um novo contrato se eu não terei condições de pagar as parcelas. Antes de renegociar eu preciso conhecer minha capacidade de pagamento, saber quanto pode ser dispensado para o pagamento sem comprometer minha renda. É preciso pensar: ‘Se eu pagar todas as outras conta no mês, quanto me sobra pra eu pagar essa dívida?’.”

O planejamento, conforme Patrícia, é necessário para qualquer perfil financeiro. “É preciso ter objetivo na vida. A gente tem que saber para onde vamos e como chegar. Fazer planos econômicos financeiros traçando objetivos claros. O primeiro passo é necessariamente estar minimamente organizado. Se está no sufoco, é preciso mudar hábitos e fazer um plano de rearranjo de gastos.”

E para quem pretende fazer novos gastos neste final de ano e começo de 2025, Patrícia lembra que é importante entender o valor real das coisas. “As pessoas têm que entender que quando se parcela em 12x se dobra o valor que se está pagando.”

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Novos hábitos, mais dívidas

Segundo a economista-chefe da Fecomércio-RS, o cenário macroeconômico não é o único responsável pela inadimplência no País. “A gente pensa que tem condições macroeconômicas que levam para a condição de inadimplência. Mas, hoje, elas não são justificativas para os volumes enormes de inadimplência na economia brasileira. Existe uma cultura do não planejamento e outras condições que levam a essa situação. Hoje não vivemos uma pandemia e epidemia, mas existe gente doente. O divórcio também é outra questão emblemática, quando um casal se separa, as contas que eram divididas são multiplicadas. Além disso, muitos hábitos de consumo mudaram. Hoje se gasta muito em bets – apostas online- e tele-entrega de comida”, avalia Patrícia.

E onde investir meu dinheiro?

Para quem conseguiu manter uma reserva financeira ao longo do ano e/ou vive uma situação mais “confortável”, pode ser a hora de investir. Para isso a economista traz uma dica: aposte em renda fixa.

“Será o ano da renda fixa. Com a taxa de juros a 14,25% em janeiro, aplicações em renda fixa estarão em alta vantagem, como aplicações nos títulos do tesouro direto. Rentabilidades em renda fixa estarão em alta.”

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