Uma nova pesquisa realizada pelo Sebrae RS e secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico mostra que a situação econômica no Estado segue crítica.
O levantamento realizado junto a empreendedores de maio até a primeira quinzena de junho, revela que 36,29% estão com seus negócios fora de operação devido aos alagamentos. Outros 24,8% revelaram que o negócio está parcialmente paralisado.
Os dados fazem parte da “Pesquisa de Impacto das Enchentes no RS” divulgada na última quarta-feira (26). Do total de entrevistados, 36,25% são microempresas, 27,12% são microempreendedores individuais, 22,3% estão enquadrados como empresas de pequeno porte, 9,41% como médias empresas, 3,58% como produtores rurais e 1,35% como grandes empresas.
Pouco mais de 60% informaram que foram severamente impactados e 30% parcialmente afetados. A pesquisa foi respondida por empresários de diversos municípios do Estado, incluindo: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Gramado, Encantado, Lajeado, Arroio do Meio, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Novo Hamburgo, Esteio, Roca Sales, Eldorado do Sul, Rio Grande, Estrela, Cachoeirinha, Muçum e Cruzeiro do Sul.
Prejuízos
Ainda conforme o levantamento, mais de 20% das empresas calculam prejuízos de até R$ 10 mil em ativos como imóveis, máquinas, equipamentos e veículos. Cerca de 20% projetam prejuízo entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, 15% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, 10% calculam prejuízo entre R$ 50 e R$ 100 mil e quase 9% estimam prejuízo entre R$ 100 mil e R$ 500 mil.
Além disso, quase 28% relataram perda de estoque da ordem de até R$ 10 mil e 14% com perdas entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. Já a perda devido ao impacto econômico (atividade interrompida, diminuição da produção, perda de clientes, atrasos) está estimada em até R$ 10 mil para 24%, entre R$ 10 mil e R$ 20 mil para quase 20% e de R$ 20 mil a R$ 50 mil para 18%.
Sobre o prazo para voltarem a normalidade, para 30% dos empresários ouvidos pelo Sebrae RS deve levar de quatro a seis meses. Já 28,4% dos entrevistados calculam de um a três meses. Outros 15% dizem que podem levar até um ano para normalizar o funcionamento das empresas.
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