Mais de 90 milhões de brasileiros receberão o 13º salário neste final de ano com rendimento adicional médio de R$ 3.096,78. As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e mostram também que, até dezembro de 2024, este pagamento deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 321,4 bilhões.
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Ainda conforme o DIEESE, o valor representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. O 13º salário é pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.
No Rio Grande do Sul, ainda segundo o DIEESE, 6 milhões de gaúchos receberão o 13º na reta final de 2024, que significam R$ 20,5 bilhões injetados na economia gaúcha. O número representa aumento de 11,4% em relação ao ano passado e 2,7% do PIB do RS. Segundo a legislação vigente no Brasil, a primeira parcela será paga até o próximo sábado (30) e a segunda parcela até o dia 20 de dezembro de 2024.
Boa parte dos recursos é injetado no comércio e no setor de serviços. De acordo com a Federação Varejista do RS, entre 30% e 50% dos recursos do 13º salário são dedicados às compras no comércio local. A entidade estima que R$ 8,7 bilhões devem movimentar o setor a partir da remuneração neste fim de ano.
Para a Federação Varejista do RS, os números confirmam a recuperação gradual da economia, que pode representar um estímulo ao comércio e aos serviços neste período, com melhores perspectivas para a arrancada de 2025.
Vale lembrar que no Rio Grande do Sul houve antecipação do pagamento do 13º este ano para os servidores públicos do Estado, em virtude das enchentes. Beneficiários do INSS também receberam o pagamento no primeiro semestre do ano.
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Como o gaúcho pretende gastar o recurso
A Federação Varejista do RS estima que, com uma média de R$ 2,9 mil por trabalhador, de R$ 870 a R$ 1.450 do valor devem ser dedicados às compras.
Na lista de compras deste período, as prioridades ficam por conta dos setores de vestuário, calçados e acessórios, seguidos por produtos alimentícios e bebidas (principalmente relacionados à ceia) e pelos presentes (brinquedos, perfumes, cosméticos).
Confirmando a avaliação positiva para este final de ano, a entidade aponta ainda como possíveis destinos para os recursos do 13º salário a movimentação dos setores de turismo e entretenimento, fortemente atingidos pelas consequências das cheias, além do ajuste de contas dos gaúchos.
Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS) indicam que 94,2% das famílias estão endividadas no Rio Grande do Sul. Entre elas, 28,9% afirmam estar muito endividadas, índice levemente superior ao levantamento de maio, que antecedeu as cheias, de 27,4%, e semelhante a outubro de 2023.
Dados do SPC Brasil, que formam o Panorama do Comércio, da Federação Varejista do RS, apontam que o consumidor do Sul do Brasil tem quitado suas dívidas com maior efetividade do que na média nacional. Ao todo, em setembro, 8,7 milhões de pessoas (36,4% da população adulta regional) no Sul estavam negativadas.
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