O pagamento do 13º salário para trabalhadores gaúchos representa um incremento significativo em setores como comércio e de serviços. No entanto, a economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Patrícia Palermo, lembra que o impacto será menor devido ao pagamento antecipado dos recursos no primeiro semestre do ano.
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No Rio Grande do Sul houve antecipação do pagamento do 13º este ano para os servidores públicos do Estado em virtude das enchentes de maio. Aposentados pelo INSS também receberam o pagamento no primeiro semestre do ano. Além disso, houve também antecipação por parte de diversas empresas gaúchas.
“É um ano extraordinário ao que diz respeito ao pagamento do 13º salário. Em virtude das cheias tivemos várias instituições antecipando o 13º salário para seus funcionários e isso reduz impacto neste final de ano. Teremos um impulso positivo, como sempre, é uma variável esperada. E desta vez será menor já que muita gente recebeu o recurso entre junho e julho”, explica Patrícia.
E para os 6 milhões de gaúchos que ainda possuem o valor a receber, qual a melhor forma de usar o recurso? Na avaliação da economista, é essencial que cada gaúcho olhe para sua realidade.
“Quem está inadimplente precisa priorizar sair da inadimplência. Ao quitar as dívidas, é importante sempre priorizar as com juros mais altos e as que ponham o patrimônio em risco, como dívida de condomínio. Quem não tem dívidas, pode começar uma reserva de emergência. E quem não tem dívidas e já possui a reserva, pode ser uma opção fazer uma viagem, já que tivemos um ano muito difícil também do ponto de vista psicológico”, diz Patrícia que lembra também das contas do começo de ano. “Temos que lembrar dos tributos que virão, como IPVA e IPTU.”
A economista-chefe da Fecomércio também ressalta a importância do consumo local. “Não podemos jamais esquecer que o comércio espera este consumo de fim de ano. Para quem está mais organizado financeiramente, poderá investir também nas compras. Tem gente também que usa para fazer alguma reforma em casa. O mais importante é sempre olhar sua realidade, sua prioridade, o seu perfil financeiro”, ressalta Patrícia.
Veja dicas:
- Priorize sair da inadimplência;
- Faça negociações e renegociações com empresas e bancos;
- Se não conseguir quitar todos os débitos, priorize as contas com juros mais altos e as que coloquem em risco o patrimônio pessoal;
- Se não tiver dívidas, uma alternativa pode ser começar uma reserva de emergência;
- Para quem já tem a reserva de emergência e não tem débitos, uma possibilidade é utilizar o recurso em lazer, como viagem ou investir em reforma da casa;
- Se não tem dívidas a quitar, lembre-se também de consumir localmente. A compra local desenvolve cidades e a região;
- E não esqueça de guardar recursos para pagamentos de tributos de começo de ano, como o IPVA e o IPTU.
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