ECONOMIA
O dólar vai baixar? Veja projeções e dicas de especialista para investir em 2025
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Última atualização: 14/01/2025 03:00
Em boletim divulgado ontem (13), analistas elevaram as previsões da inflação para 2025 e 2026. Segundo o Relatório Focus do Banco Central, a projeção para 2025 passou de 4,99% para 5%, enquanto para 2026, a estimativa subiu de 4,03% para 4,05%. Já a mediana para taxa básica de juros (Selic) ficou estável em 15% neste ano e a previsão para o dólar em 2025 permanece em R$ 6, enquanto a projeção do PIB ficou em 2,02%.
A moeda americana encerrou 2024 com uma valorização de 27,34% em relação ao Real, registrando sua maior alta desde 2020, ano em que teve início a pandemia de Covid-19. "É muito difícil prever moeda, são muitas variáveis que impactam. Em 2023, as previsões eram do dólar a R$ 4,90, R$ 5 e diziam que chegaria a R$ 4,20. E olha o que aconteceu. Se fosse para fazer uma aposta eu diria que a nova realidade do dólar deve ser de R$ 5,50 a R$ 6", avalia o vice-presidente de Economia da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos, André Momberger.
O especialista destaca dois aspectos importantes na análise do dólar. "Primeiro que o dólar como moeda está mais forte. O dólar americano se fortaleceu em relação a praticamente todas as moedas do mundo. Já o Brasil piorou muito na relação fiscal. Como o Brasil gasta muito mais do que poderia e o nível de endividamento do nosso País cresce em velocidade preocupante provoca a desvalorização do Real. O Real valorizou mais em 2024, graças a subida do final do ano. No caso brasileiro, Haddad (ministro da Fazenda Fernando Haddad), segue tentando convencer o presidente Lula de que a gente precisa ser mais rigoroso no controle de gastos. Vamos ver se apresentará algo crível para o mercado. Se a gente disser 'não, vamos olhar para o fiscal de forma mais séria e com o dólar enfraquecendo, especialmente após falas de Trum sobre aumentar taxas de importação, podemos ver o dólar abaixo de RS 6 neste início de ano.", observa Momberger.
Onde investir em 2025
Momberger destaca que investir é algo muito particular. "Temos 1,6 clientes ativos no escritório e nenhum tem a mesma carteira de investimentos. Geralmente separamos em 3 grandes grupos: conservador, moderado e o agressivo. De toda forma, 2025 deve ser um ano de observação, deixando dinheiro na liquidez. Com oportunidades principalmente para quem tem visão a longo prazo", diz.
Conservador: A pessoa que não gosta de volatividade, quer ver a conta de investimento todo dia e ver que ela subiu. "E neste momento a vida do conservador está muito boa porque a taxa de juros segue subindo. O produtos de renda fixa no Brasil estão pagando muito bem e tem um nível de risco muito baixo. Quem tem dinheiro pode aplicar na renda fixa do brasil e não terá grande problemas", comenta André.
O especialista em finanças faz recomendações de investimento para este perfil: Seriam 3 formas de investir: 1 em pós-fixado, segue a taxa de juros, se for 10, recebe 10, etc, segue para onde o juro for. A 2 forma é investir em pré-fixado, tu pactua o valor independente da taxa de juros. A 3 forma é quando quer proteção contra inflação - investir com inflação mais taxa de juros, se eu acredito que a inflação vai subir, tem que estar em título de renda fixa com inflação como indexador, os principais são os IPCA+. Eu diria então 70% no pós-fixado, 20% em inflação e 10% em pré-fixado.
Moderado: O cenário é mais ou menos parecido com o do conservador, mas ele aceita correr um pouco mais de risco. Ele pode colocar em um fundo multimercado, que investe ativos fora da renda fixa, comprar títulos de dividas de empresas, colocar ações na carteira. Seria então 50% em renda fixa pós-fixado, 10% em inflação, 10% pré-fixado, 10% em títulos privados, 10% em fundos e 10% em ações.
Agressivo: Este é o perfil daquele que aceita correr riscos. O especialista recomenta investimento de 40% do capital em pós-fixado, 10% em inflação, 5% em pré-fixado, 20% em ações, 15% em moeda forte, exposição fora do Brasil, e 5% em criptomoeda. "A criptomoeda hoje está indo muito bem. Mas é um mercado muito volátil, então recomendo controle. Investir nisso mas com percentual mais baixo na carteira de ativos", ressalta Momberger.
Em boletim divulgado ontem (13), analistas elevaram as previsões da inflação para 2025 e 2026. Segundo o Relatório Focus do Banco Central, a projeção para 2025 passou de 4,99% para 5%, enquanto para 2026, a estimativa subiu de 4,03% para 4,05%. Já a mediana para taxa básica de juros (Selic) ficou estável em 15% neste ano e a previsão para o dólar em 2025 permanece em R$ 6, enquanto a projeção do PIB ficou em 2,02%.
A moeda americana encerrou 2024 com uma valorização de 27,34% em relação ao Real, registrando sua maior alta desde 2020, ano em que teve início a pandemia de Covid-19. "É muito difícil prever moeda, são muitas variáveis que impactam. Em 2023, as previsões eram do dólar a R$ 4,90, R$ 5 e diziam que chegaria a R$ 4,20. E olha o que aconteceu. Se fosse para fazer uma aposta eu diria que a nova realidade do dólar deve ser de R$ 5,50 a R$ 6", avalia o vice-presidente de Economia da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos, André Momberger.
O especialista destaca dois aspectos importantes na análise do dólar. "Primeiro que o dólar como moeda está mais forte. O dólar americano se fortaleceu em relação a praticamente todas as moedas do mundo. Já o Brasil piorou muito na relação fiscal. Como o Brasil gasta muito mais do que poderia e o nível de endividamento do nosso País cresce em velocidade preocupante provoca a desvalorização do Real. O Real valorizou mais em 2024, graças a subida do final do ano. No caso brasileiro, Haddad (ministro da Fazenda Fernando Haddad), segue tentando convencer o presidente Lula de que a gente precisa ser mais rigoroso no controle de gastos. Vamos ver se apresentará algo crível para o mercado. Se a gente disser 'não, vamos olhar para o fiscal de forma mais séria e com o dólar enfraquecendo, especialmente após falas de Trum sobre aumentar taxas de importação, podemos ver o dólar abaixo de RS 6 neste início de ano.", observa Momberger.
Onde investir em 2025
Momberger destaca que investir é algo muito particular. "Temos 1,6 clientes ativos no escritório e nenhum tem a mesma carteira de investimentos. Geralmente separamos em 3 grandes grupos: conservador, moderado e o agressivo. De toda forma, 2025 deve ser um ano de observação, deixando dinheiro na liquidez. Com oportunidades principalmente para quem tem visão a longo prazo", diz.
Conservador: A pessoa que não gosta de volatividade, quer ver a conta de investimento todo dia e ver que ela subiu. "E neste momento a vida do conservador está muito boa porque a taxa de juros segue subindo. O produtos de renda fixa no Brasil estão pagando muito bem e tem um nível de risco muito baixo. Quem tem dinheiro pode aplicar na renda fixa do brasil e não terá grande problemas", comenta André.
O especialista em finanças faz recomendações de investimento para este perfil: Seriam 3 formas de investir: 1 em pós-fixado, segue a taxa de juros, se for 10, recebe 10, etc, segue para onde o juro for. A 2 forma é investir em pré-fixado, tu pactua o valor independente da taxa de juros. A 3 forma é quando quer proteção contra inflação - investir com inflação mais taxa de juros, se eu acredito que a inflação vai subir, tem que estar em título de renda fixa com inflação como indexador, os principais são os IPCA+. Eu diria então 70% no pós-fixado, 20% em inflação e 10% em pré-fixado.
Moderado: O cenário é mais ou menos parecido com o do conservador, mas ele aceita correr um pouco mais de risco. Ele pode colocar em um fundo multimercado, que investe ativos fora da renda fixa, comprar títulos de dividas de empresas, colocar ações na carteira. Seria então 50% em renda fixa pós-fixado, 10% em inflação, 10% pré-fixado, 10% em títulos privados, 10% em fundos e 10% em ações.
Agressivo: Este é o perfil daquele que aceita correr riscos. O especialista recomenta investimento de 40% do capital em pós-fixado, 10% em inflação, 5% em pré-fixado, 20% em ações, 15% em moeda forte, exposição fora do Brasil, e 5% em criptomoeda. "A criptomoeda hoje está indo muito bem. Mas é um mercado muito volátil, então recomendo controle. Investir nisso mas com percentual mais baixo na carteira de ativos", ressalta Momberger.