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INDÚSTRIA BRASILEIRA

Novo plano industrial do governo prevê financiamentos e linhas de crédito para desenvolver setor produtivo; entenda

Entidades apoiam projeto do governo federal e esperam que ele saia do papel o quanto antes

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 22/01/2024 às 16h:52 Última atualização: 22/01/2024 às 17h:19
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O governo federal apresentou nesta segunda-feira (22) o plano Nova Indústria Brasil (NIB). O programa conta com metas e ações que, até 2033, pretendem estimular o desenvolvimento do País por meio de estímulos à inovação e à sustentabilidade em áreas estratégicas para investimentos.

Plano de industrialização foi lançado nesta segunda | abc+



Plano de industrialização foi lançado nesta segunda

Foto: Divulgação

A nova política prevê o uso de recursos públicos para atrair investimentos privados. Estão previstas a criação de linhas de crédito especiais; subvenções; ações regulatórias e de propriedade intelectual, bem como uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do País.

Entre as ações estão mais de R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026, montante que será gerido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

O texto da NIB foi oficialmente apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). “Para se tornar mais competitivo, o Brasil tem de financiar algumas das coisas que ele quer exportar. Essa reunião mostra que finalmente o Brasil juntou um grupo de pessoas que vai fazer com que aconteça uma política industrial. E que muito dela virá por meio de parcerias entre a iniciativa privada e o poder público. Que a gente possa cumprir isso que a gente escreveu no papel”, disse o presidente.

Em sintonia com as entidades da indústria

Entidades se manifestaram favoráveis ao novo plano de industrialização do País. A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) disse em nota que o projeto está “em sintonia com o trabalho realizado pelo Grupo de Política Industrial da entidade”.

“Na Fiergs, passaremos a estudar os detalhes do que foi anunciado até para propor ajustes e sugestões, que faremos através da Confederação, que tem assento no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial”, explica o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, que também é vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira acredita que a iniciativa estimula o setor, mas é preciso que ela saia do papel o quanto antes. Ferreira, destaca que o novo plano promete estimular e financiar projetos relacionados à bioeconomia e transição energética, visando reduzir em 30% a emissão de CO2 na indústria.

“A indústria calçadista, nos últimos anos, vem investindo pesado em ações que visam uma produção cada vez mais sustentável. Seremos apoiados dentro dessa ideia do plano industrial”, ressalta o executivo, destacando que entre os países produtores de calçados, o Brasil é o país que menos emite CO2 e que mais utiliza fontes renováveis de energia.”

*Com informações da Agência Brasil

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