RECOMEÇO

Moradores afetados pelas cheias aproveitam o sábado para pesquisar e comprar eletrodomésticos

Auxílio do governo impulsionou a procura no comércio de Novo Hamburgo

Publicado em: 15/06/2024 14:10
Última atualização: 15/06/2024 14:16

Em Novo Hamburgo, o sábado (15) nublado está sendo o momento de recomeço para muitas famílias atingidas pelas enchentes. Moradores procuraram lojas do Centro da cidade logo pela manhã para pesquisar e comprar eletrodomésticos e móveis.


Erotilde e o neto Joziel buscavam uma televisão Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

O motorista Joziel Strelow, 31 anos, é morador da Vila Brás, em São Leopoldo. Ele e a avó, a aposentada Erotilde dos Reis Gomes, 72, estavam em busca de uma televisão. "Minha casa fica ao lado da casa de bombas, eu fui muito atingido. Eu achei que tinha conseguido salvar a minha TV, mas não. Estou usando o auxílio do governo federal para comprar as coisas que perdi, mas está tudo muito caro. Estou percebendo que as lojas aumentaram os valores", lamenta o motorista.

No caso de Erotilde, a situação é ainda mais difícil. "Minha casa foi quase destruída. A porta nem fecha direito mais. Perdi tudo. Ainda falta conseguir muita coisa", conta.

Em uma loja na avenida Pedro Adams Filho, no Centro de Novo Hamburgo, entre 80% a 90% do movimento das últimas semanas tem sido de famílias atingidas pelas cheias. "A maior parte procura por móveis e eletrodomésticos. A maioria paga à vista utilizando auxílio do governo", comenta funcionário da filial varejista que prefere não se identificar.


Amândio e Avanildo pesquisam valores de centrífuga de roupas Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

Nesta mesma loja, o alpinista de construção civil Avanildo Correa Dorneles, 45, procurava uma centrífuga. "Finalmente estou voltando para minha casa. Minha maior necessidade neste momento é uma centrífuga. Máquina de lavar e fogão já consegui comprar. Ainda faltam os móveis. É um gasto extraordinário. Ainda não consegui me inscrever para obter benefícios pelo governo, mas quero fazer isso logo", diz Dorneles que mora no bairro Santo Afonso.

O pai do alpinista de obras, o aposentado Amândio Dorneles, 73, também perdeu praticamente tudo o que tinha. "Muita coisa eu ganhei, graças a Deus. Mas ainda falta muita coisa."

 

 

 

 

 

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