O Grupo Venâncio, com sede em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, anunciou nesta terça-feira (19) que protocolou um pedido de recuperação judicial no último domingo (17). Em comunicado, a metalúrgica – que tem 32 anos de atuação, mais de mil funcionários e parque fabril com mais de 70 mil metros quadrados – informou que a decisão teve como motivação a crise gerada pela pandemia de Covid-19.
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De acordo com o jornal local Folha do Mate, a nota informa que durante o período da pandemia, houve “expressiva retração da economia e aumento substancial do valor das matérias-primas, entre outros fatores”.
Em outubro deste ano, o grupo, que produz equipamentos para cozinha, chegou a propor uma negociação com seus maiores credores, que são instituições financeiras, mas não conseguiu fechar um acordo. “Não houve aceitação por parte de todos estes, que aceleradamente ajuizaram ações contra a companhia, de modo a frustrar o interesse comum que tanto se buscou preservar”, diz a nota.
Os dirigentes destacam que com a recuperação judicial pretendem reestruturar a empresa, que seguirá com as atividades durante esse período. Em entrevista à Folha do Mate, o diretor do Grupo Venâncio, Marcelo Campos, relata que todos os fornecedores e trabalhadores foram comunicados da decisão e que a projeção é que o empreendimento aumente a produção em 2024 e, com isso, se reafirme no mercado.
“Sabemos que a recuperação judicial exige um sacrifício de todos, contudo assumimos o compromisso de trabalhar com muita seriedade e honestidade, buscando a superação da situação de crise econômico-financeira de nossa empresa, a fim de permitir a sua preservação, a manutenção dos empregos e a atenção aos interesses dos credores, razão pela qual desde logo informamos a todos esta decisão”, afirma Campos.
Conforme destaca o direto, a recuperação judicial permitirá que a empresa renegocie dívidas bancárias de investimentos, os quais os juros dispararam nos últimos anos.
A nota do grupo finaliza reforçando que pretende manter o quadro de funcionários. “Reestruturando a nossa empresa, equacionando seu passivo, mantendo todos os seus funcionários, seus fornecedores, seus clientes e, o mais importante, liquidando todo o passivo, de forma rápida e em conformidade com a Lei nº 11.101/2005, será possível que a empresa continue desempenhando seu papel dentro da sociedade”.
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