ECONOMIA

Lideranças empresariais da região debatem a cooperação com setor público e novos investimentos

Fórum, que ocorreu nesta sexta-feira (27), reuniu nomes como Roberto Argenta e Robinson Klein

Publicado em: 27/09/2024 15:58
Última atualização: 27/09/2024 16:00

Como a gestão pública pode cooperar de forma eficiente para tornar o setor privado mais competitivo e, a partir de novos investimentos, desenvolver as cidades? Este foi o tema que permeou o Fórum de Competitividade e Reconstrução do Rio Grande do Sul, que também considerou os desafios do cenário pós-enchente.

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Eduardo Fernandez, embaixador do CLP no Rio Grande do Sul Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

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O evento, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e pelo Grupo de Líderes Empresariais do RS (Lide RS), ocorreu no Centro de Inovação e Tecnologia de Novo Hamburgo (CIT), que será inaugurado oficialmente no dia 19 de outubro. De acordo com o embaixador do CLP no Rio Grande do Sul e conselheiro do Lide RS, Eduardo Fernandez, o encontro ocorre em diferentes regiões do Estado para mostrar o potencial das regiões, sempre com a participação de empresários e representantes do setor público.

"Em Novo Hamburgo trazemos também o tema inovação e empresários de fora para conhecer o potencial do local (CIT). Trabalhamos a questão da competitividade e a partir das enchentes o tema reconstrução também entrou em debate. Trazemos vários setores, dentro do público e privado, para discutir as melhores formas deste desenvolvimento. Só é construído algo em uma cidade se os setores privado e público estiverem juntos", destaca Fernandez.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/CB/EV/DI), CEO da Cigam Software Corporativo e sócio da Ventiur Aceleradora de Startups, Robinson Klein, também foi um dos painelistas do fórum e abordou a inteligência artificial (IA) na competitividade dos negócios.


Robinson Klein durante painel do Fórum Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

"A inteligência artificial vem sendo desenvolvida há bastante tempo, o desafio é usá-la, aceitar a mudança e entender os prós. Ela traz na verdade mais produtividade e isso faz toda a diferença. As empresas buscam competitividade e para isso é preciso eficiência operacional. As pessoas se preocupam, elas confundem emprego com trabalho e renda. Na prática, a IA faz com que sejamos mais produtivos, se trabalha menos para ganhar mais", afirma.

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Outros cases de sucesso

O setor da construção civil foi representado por Alberto Meneghetti, o diretor da Melnick Arcádia Urbanizadora S.A. A construtora tem estreitado os laços com o Município. A Melnick é a responsável pela construção do empreendimento mais esperado pela cidade: o Boulevard Germânia.

"Nós chamamos competitividade de cidades eficientes. Levamos isso em conta na hora de decidir em que local vamos aplicar nossos recursos", observa Meneghetti.

Roberto Argenta, CEO da Calçados Beira Rio, representou o setor calçadista, que segue sendo um dos principais na matriz econômica do Município e também da região. Segundo Argenta, a taxa de juros ainda é um empecilho para novos investimentos por parte dos empresários.

"Empresa que não investe não é competitiva. Temos três pessoas da Beira Rio há duas semanas na China buscando tecnologias. Isso porque aqui os fornecedores não tem condições de investir pelos juros serem muito altos", lamenta o empresário que emprega atualmente mais de 25 mil pessoas em mais de 100 municípios do Estado.

O vice-governador Gabriel Souza encerrou o evento, que contou ainda com outros líderes empresariais, além da prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt. O vice-governador, que está de férias, mas fez questão de participar do evento, falou sobre o Plano Rio Grande. O programa conta com diversas ações para  a reconstrução do Estado após a catástrofe climática de maio.

 

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