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ECONOMIA

Indústria mostra poder de recuperação acima do esperado; veja dados divulgados pela Fiergs

Pesquisa da Fiergs foi divulgada nesta terça-feira; confira detalhes

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 03/09/2024 às 18h:46 Última atualização: 03/09/2024 às 19h:09
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A pesquisa Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta terça-feira (3) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), aponta um cenário de recuperação para o setor neste segundo semestre do ano. O setor foi um dos mais impactados com as enchentes de maio.

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Setor calçadista é um dos impactados com reoneração da folha | abc+



Setor calçadista é um dos impactados com reoneração da folha

Foto: Divulgação

Conforme a Fiergs, em julho, aumentaram a produção e o emprego, ao mesmo tempo que ocorreu uma maior utilização da capacidade instalada e uma baixa nos níveis de estoques de produtos finais pelo terceiro mês consecutivo.

O mês de julho surpreendeu positivamente também no setor de empregos, que geralmente não mostra bons resultados. O índice de evolução da produção também aumentou. Ele atingiu 53,5 pontos, valor que, acima de 50, indica crescimento na comparação a junho. O resultado, conforme a entidade da indústria, revela ainda um avanço mais intenso e disseminado do que o observado historicamente para o mês de julho, cuja média é de 51,1 pontos.

Já o índice do número de empregados no setor da indústria foi de 50,5. Apesar de pequeno, pouco acima de 50, o aumento do emprego ocorreu em um mês cuja sazonalidade é negativa, ou seja, tende a cair. A média dos meses de julho é 48,1 pontos.

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“Foi uma mudança após dois meses seguidos de quedas na produção. O emprego apresentou a primeira alta depois de três meses de queda, uma situação atípica, pois historicamente julho é um mês com redução nas vagas da indústria”, diz o presidente da Fiergs, Claudio Bier.

Apesar da alta na produção, os estoques de produtos finais caíram pela terceira vez seguida na passagem de junho para julho. O índice de
evolução foi de 48,5 pontos. Neste caso, conforme a Fiergs, valores menores do que 50 indicam queda dos estoques ante o mês anterior.

Os estoques efetivos também ficaram abaixo dos patamares desejados pelas empresas para seus produtos em julho, repetindo o comportamento dos dois meses anteriores. O índice registrou 48,5 pontos, revelando níveis abaixo do planejado no mês.

Todos os índices de expectativas avançaram na pesquisa realizada entre 1º e 9 de agosto com 152 empresas, sendo 35 pequenas, 53 médias e 64 grandes. Com exceção da quantidade exportada, revelam otimismo, com índices acima de 50 pontos.

Para os próximos seis meses, os empresários gaúchos projetam aumento da demanda, 56,1 pontos (+1,6 em relação ao mês anterior), do emprego, 51,5 (+1,8) e das compras de matérias-primas, 54,3 (+1,8). Ao mesmo tempo, a Sondagem mostrou uma leve redução, quase uma estabilidade, na quantidade exportada, 49,7 pontos.

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