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Indústria de Novo Hamburgo que produz para a Crocs amplia unidade no Ceará
Investimento da Rubberloss é de R$ 14 milhões, com contrapartida de R$ 627 mil
Última atualização: 08/02/2024 10:44
Seguindo plano de expansão e modernização iniciado em 2021, a fabricante de materiais de base para a indústria calçadista Rubberloss, companhia fundada e sediada em Novo Hamburgo desde 1992 e uma das pioneiras em injeção de EVA no Brasil, finaliza, neste mês, a ampliação e a atualização tecnológica na unidade de Canindé/CE.
A empresa está investindo R$ 14 milhões, com financiamento via Banco do Nordeste, e contrapartida de R$ 627 mil, em um convênio entre a Prefeitura de Canindé e a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece).
A Rubberloss ampliou em 3 mil metros quadrados a unidade de Canindé, onde operava desde 2006 uma estrutura de 6 mil metros quadrados. Importou da China e de Taiwan, máquinas para a injeção e produção de compostos de EVA – os equipamentos foram transportados da Ásia por transporte marítimo até o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante/CE, e de lá levados por 14 carretas até a fábrica em Canindé.
Atualmente, a fábrica no Ceará gera 700 empregos diretos e segundo o diretor da Rubberloss, Epifânio Loss, a perspectiva, com a expansão, é de que sejam abertos novos postos de trabalho. Loss reforça que a ampliação já estava sendo planejada há pelo menos quatro anos.
“Já tínhamos definido este investimento durante a pandemia e feito um aporte para que estes equipamentos fossem desenvolvidos na China e em Taiwan, até por não termos fornecedores aqui no Brasil”, comenta. Com a expansão, a empresa projeta ampliar a capacidade produtiva em cerca de 25%.
Mais agilidade no processo de produção
Assim como na planta industrial gaúcha, no Ceará a Rubberloss faz injeção de termoplásticos, como o TR e o PVC; injeta TPU (material resistente utilizado no solado de chuteiras); produz saltos, tacos, solas completas de EVA, entresolas de EVA e solados de borracha.
A partir da expansão, a fábrica cearense também produzirá os compostos de EVA – que antes eram fabricados no Rio Grande do Sul e tinham que ser transportados até o Ceará.
“O que acaba encarecendo o processo por exigir uma complexa logística – mais de 4 mil km entre Novo Hamburgo e Canindé por transporte rodoviário. A partir de agora, conseguiremos dar maior agilidade para atender os clientes”, comenta Loss.
Investimentos também no Rio Grande do Sul
A Rubberloss também investiu, há três anos, na modernização dos equipamentos da matriz, onde também produz, desde 2014, clogs para a marca norte-americana Crocs – dois lotes de produtos são embarcados por semana para São Paulo e de lá distribuídos pela própria Crocs.
Em 2021, a companhia aplicou R$ 8 milhões na aquisição de máquinas importadas de Taiwan para injeção de EVA na fábrica hamburguense. O empresário reforça que todos os investimentos são pensados a partir da manutenção de empregos. “É preciso que se diga que não vamos nos transferir para o Nordeste e que manteremos todos os postos de trabalho em nossas duas unidades”, pontua Loss.