ECONOMIA

Indústria calçadista perde mais de mil postos de trabalho em maio; entenda

Dados da Abicalçados mostram queda no índice de empregos em maio, mas contando os cinco primeiros meses do ano, o saldo ainda é positivo

Publicado em: 02/07/2024 15:04
Última atualização: 02/07/2024 15:49

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e divulgados nesta terça-feira (2) apontam que, em maio, a indústria do setor perdeu 1,1 mil postos de trabalho. Ainda assim, a atividade encerrou com saldo positivo de 6,5 mil empregos criados nos primeiros cinco meses deste ano.


Abicalçados divulga dados sobre empregabilidade no setor Foto: Arquivo/GES

Com o registro, o setor do calçado terminou o mês de maio com um total de 287 mil pessoas empregadas em todo o Brasil, 4,5% menos do que no mesmo mês de 2023.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, lembra que existe um movimento sazonal na indústria de calçados no período, em função da troca de coleções. "Nos últimos dez anos, somente tivemos criação de vagas em maio de 2022, que foi um ano excepcional para a indústria. No ano passado, por exemplo, havíamos perdido mais de 2,3 mil empregos nesse mesmo mês", avalia.

Segundo o dirigente, a produção do setor deve crescer entre 0,9% e 2,2% em 2024, o que significa mais de 870 milhões de pares. "Existe uma expectativa positiva para o segundo semestre, que teve um start bastante promissor na feira BFSHOW, realizada em maio, e que vendeu muito bem os lançamentos para Primavera/Verão" conclui, ressaltando que o movimento positivo, se confirmado, irá também colaborar para a criação de vagas na atividade ao longo do segundo semestre.

Estados

O estado que mais emprega na atividade é o Rio Grande do Sul. Entre janeiro e maio, a indústria gaúcha criou 1,65 mil postos, encerrando o mês cinco com 85,87 mil pessoas empregadas na atividade, 3,9% menos do que no mesmo período do ano passado.

O segundo maior empregador do setor calçadista no Brasil é o Ceará, que criou 83 postos entre janeiro e maio. Com o registro, a indústria cearense encerrou maio empregando 65,24 mil pessoas, 1,9% menos do que no mesmo mês de 2023.

Tendo perdido 102 postos entre janeiro e maio, a Bahia aparece na terceira colocação entre os estados que mais empregam no setor. No total, em maio estavam empregadas na atividade 39,63 mil pessoas, 9% menos do que no mesmo mês do ano passado.

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