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INDÚSTRIA CALÇADISTA

Gigante do calçado falida não consegue vender todo complexo industrial: Saiba o que acontece agora

Apenas três imóveis de menor valor foram vendidos no leilão da Paquetá The Shoe Company

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 06/12/2024 às 11h:16 Última atualização: 06/12/2024 às 11h:17
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A segunda etapa do leilão judicial do complexo industrial da Paquetá The Shoe Company, de Sapiranga, não teve o resultado esperado. A expectativa era de que todos os lotes fossem vendidos para quitar as dívidas trabalhistas que a empresa calçadista possui com ex-colaboradores.

Complexo da Paquetá, em Sapiraga | abc+



Complexo da Paquetá, em Sapiraga

Foto: Divulgação/JR Leilões

O primeiro leilão foi realizado no final de novembro sem lances e, na última quinta-feira (5), a segunda tentativa foi encerrada com a venda de apenas três imóveis menores, e de valor mais baixo, que somaram pouco mais de R$ 2 milhões.

Segundo a JR Leilões, que realiza o leilão judicial da calçadista do Vale do Sinos, foram três arrematantes distintos, sendo duas empresas e uma pessoa física.

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E o que acontece agora?

O edital do leilão prevê que os bens remanescentes fiquem disponíveis para venda direta pelos próximos 90 dias.

A intermediação da venda segue com a JR Leilões, por meio da leiloeira Joyce Ribeiro. As negociações ficam abertas on-line pelo site oficial da empresa de leilões: jrleiloes.com.br.

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Relembre o caso

A indústria de Sapiranga teve seu processo de recuperação judicial encerrado em 2023, mesmo ano em que vendeu sua operação de varejo para o Grupo Oscar (SP). Em julho deste ano, a rede de lojas multimarcas Di Santinni (RJ) adquiriu a marca de calçados e acessórios femininos Capodarte. O grupo varejista pagou o equivalente a R$ 36 milhões pela etiqueta pertencente até então à Paquetá.

Antes disso, em 2022, a rede varejista multimarcas Esposende, que pertencia à Paquetá The Shoe Company, foi adquirida pelo Grupo Dok.

Como a empresa se desfez de importantes “braços” da companhia, os rumores de que a indústria em Sapiranga também iria fechar começaram a surgir em 2023 e voltaram a ser assunto em agosto deste ano. Em setembro deste ano, a fábrica ainda contava com alguns colaboradores na produção.

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A reportagem acompanha a situação de perto. Alguns trabalhadores esperam pelo pagamento há mais de 1 ano. A dívida trabalhista da calçadista gaúcha atinge também ex-colaboradores de fábricas fechadas em outros estados como o Ceará. “Acompanhei o leilão e infelizmente não deu em nada”, lamenta ex-funcionário que espera pelo pagamento das últimas 5 parcelas rescisórias.

A expectativa é de que com a venda efetiva dos bens a empresa consiga quitar os débitos. Ex-funcionários da empresa calçadista têm procurado a reportagem do ABCmais. Eles alegam que ainda não receberam todas as parcelas rescisórias e têm receio do débito não ser totalmente quitado.

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