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REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO

FIM DA ESCALA 6x1: "Essa medida não corresponde à realidade do mercado", afirma presidente da Fecomércio

Entidade gaúcha reforça críticas à redução da jornada de trabalho e avalia impacto caso medida seja aprovada no País

Publicado em: 17/12/2024 às 19h:08 Última atualização: 17/12/2024 às 19h:08
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O tom subiu em relação às críticas ao fim da escala 6×1 na coletiva de imprensa da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) nesta terça-feira (17), em Porto Alegre. A entidade defende que a pauta — que ganhou o cenário nacional no último mês — não está de acordo com a realidade do mercado brasileiro.

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Luiz Carlos Bohn | abc+



Luiz Carlos Bohn

Foto: Giancarlo Kopczynski/Fecomércio

Segundo o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a medida prejudicaria a oferta de diversos bens e serviços, uma vez que inúmeras atividades exigem flexibilidade de horário. “Essa medida não corresponde à realidade do mercado. A produtividade média brasileira não sustentaria uma redução tão drástica da jornada de trabalho. Reduzir jornada e manter salários resultaria em inflação e impactaria principalmente os mais pobres”, afirma.

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Na avaliação da entidade, a jornada de trabalho deve ser definida por meio de negociações coletivas que levam em conta as especificidades de cada setor. “As negociações são adequadas para isso, e hoje elas preveem o pagamento de benefícios. Se tivermos que negociar a redução da jornada, teremos que retirar benefícios que já estão negociados”, pontua Bohn.

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Caso a redução da jornada ganhe força no Congresso Nacional, a Fecomércio-RS acredita que haverá diminuição nos salários. “Se você diminuir a jornada de trabalho, vai diminuir o valor do salário ou algum benefício”, avalia o consultor econômico da entidade, Marcelo Portugal. Para ele, a pauta “gera muito murmurinho político, mas é só isso”. “Se isso passar, o que vai acontecer é que o salário das pessoas será diminuído.”

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