Muito além de máquinas ou animais, na área de 140 hectares do Parque de Exposições Assis, em Esteio, é possível encontrar de tudo um pouco. O Rio Grande do Sul está representado na Expointer 2023, que conta ainda com a participação de outros estados e países. Na sexta-feira (1º), o evento recebeu 106.391 pessoas – público maior que o do primeiro dia, com 99 mil visitantes. Até ontem, mais de 600 mil haviam passado pelo parque.
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
O visitante pode comprar um carro novo, levar mudas de flores, renovar o guarda-roupa, vender cabelo, experimentar pratos gourmet, visitar estandes de entidades e associações, ir ao banco ou renovar os móveis de casa. Também não faltam brinquedos e produtos de artesanato, além de experimentação do funcionamento de máquinas e equipamentos, como motosserra, por exemplo.
- PREVISÃO DO TEMPO: Saiba o que esperar no fim de semana de término da Expointer
- Ventania, Apaixonado, Gaúcho Macho: Escola do Chimarrão ensina 36 formas de preparar o mate na Expointer
Ainda é possível acessar serviços públicos, que também marcam presença no espaço. Não é exagero dizer que uma cidade se forma em Esteio durante os nove dias da maior feira ao ar livre de agronegócio da América Latina. Confira, a seguir, oito atrações diferentes selecionadas pela reportagem para você aproveitar durante a vista à Expointer.
Caminhos do mel
Junto à Casa da Emater, que fica próxima ao Pavilhão da Agricultura Familiar, foi montado o espaço “Caminhos do Mel”. Com diversas caixas espalhadas entre as sombras das árvores, o visitante pode conhecer mais sobre as abelhas e ainda sobre equipamentos para o manejo apícola. A Emater promove cursos de Apicultura ou Meliponicultura, com carga horária de 24 horas, no Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (Cetam), para quem quiser se aprofundar no tema. Os próximos cursos ocorrem entre os dias 13 e 15 de setembro (Apicultura) e 27 e 29 de setembro (Meliponicultura).
Foto: Emater/RS-Ascar
Obras de arte
No Pavilhão Internacional, está a exposição “Alma Campeira”, da Estância da Arte, que reúne mais de 40 obras sobre a vida campeira em telas, esculturas e desenhos. São sete artistas assinando os trabalhos da mostra, com curadoria de Marciano Schmitz.
A exposição conta ainda com aparelhos de audiodescrição, intérprete de libras e guia-vidente, que atuam como mediadores. Todos os cantos do Estado são representados por obras de artistas de Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santo Antônio da Patrulha, São Borja e Canela. Há também participantes de São Paulo e da Argentina.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Simulação com drone
Já imaginou como seria um voo de drone? Essa experiência é possível no estande do Serviço Nacional do de Aprendizagem Rural (Senar), localizado próximo ao Pavilhão Internacional. O visitante pode conferir a experiência de realidade aumentada com drones.
A pessoa é presa a um equipamento e fica suspensa no ar. A experiência de simulação de voo com o drone leva em torno de três minutos e há limite mínimo de altura para participar.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Cavalos gigantes e jumentos
Dentre os animais diferentes que integram a feira, estão os cavalos gigantes da raça Perchener, oriundos da França, e os jumentos, que, depois de 34 anos, voltaram para a Expointer. As duas raças ficam em pavilhões próximos, embora os jumentos sejam levados para passear em meio ao público, pois são muito dóceis.
Na cerimônia de abertura da Expointer, realizada na sexta-feira, quando ocorreu o desfile dos campeões, a corte de Esteio abriu o cortejo em uma charrete, puxada pelo cavalo Camelot, que veio de Porto Alegre.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Jeropiga
Dentre os 372 expositores do Pavilhão da Agricultura Familiar está a agroindústria Costa Dias, da Ilha dos Marinheiros, de Rio Grande. O empreendimento mantém viva uma tradição que ultrapassa seis gerações e que foi trazida pelos portugueses ao Brasil: a produção da jeropiga, uma bebida diferente, que fica entre o vinho e o licor. Popular em Portugal, o único lugar que tem produção no Brasil é Rio Grande.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Moda campeira
Cutelaria, botas, alpargatas, palas, chapéus e boinas. O parque concentra diversas lojas e estandes especializados em peças ligadas ao meio rural. É possível se vestir dos pés à cabeça, com peças para todos os bolsos e gostos. Além disso, há locais especializados em acessórios para montaria, com arreios, selas, mantas e freios.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Turismo gaúcho
Vários municípios aproveitam a Expointer para divulgar seus eventos, atrações e rotas turísticas, presenteando o público com lembranças. Nesta semana, por exemplo, uma equipe de Santo Ângelo se caracterizou com vestuário típico da época dos jesuítas para divulgar a Rota Missões.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Artesanato
Natural da Ilha de Marajó, no Pará, o artesão Alessandro Pinheiro, 39 anos, expõe pela primeira vez em Esteio. As peças, queimadas no forno a uma temperatura de 800 graus, levam em média uma semana para ficarem prontas. Os desenhos remetem aos indígenas que ocuparam essa região, que fica na foz do Rio Amazonas, no período pré-colonial brasileiro de 400 a 1400.
No parque, ocorre a 40ª Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), com 196 artesãos expondo em 118 estandes e oficinas de demonstração de técnicas artesanais. No domingo, das 16 às 18 horas, tem demonstração de fiação e tecelagem no Pavilhão do Artesanato.
LEIA TAMBÉM
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Ingressos e estacionamento
Os ingressos custam R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada para idosos a partir de 60 anos, estudantes e pessoas com deficiência). Crianças de até seis anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, têm entrada gratuita. O estacionamento para visitantes custa R$ 40 por veículo.
As entradas podem ser adquiridas nas bilheterias do parque ou de forma on-line pela plataforma Ingresso Nacional. Nesta edição, também há venda de ingressos nas estações de trem Mercado, Rodoviária, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, das 8 às 15 horas.