VAI ATÉ DOMINGO!

EXPOINTER: O novo e o diferente no Pavilhão da Agricultura Familiar, uma das grandes atrações da feira

Mostra da agricultura familiar reúne 372 expositores, o maior número da história

Publicado em: 28/08/2023 13:22
Última atualização: 16/06/2024 11:39

Uma das grandes atrações para o público urbano na Expointer é o Pavilhão da Agricultura Familiar. Neste ano, o local conta com 372 empreendimentos, o maior número da história. Eles representam os segmentos de agroindústria, artesanato, plantas e flores. Do total de expositores, 73 estão no Parque Assis Brasil, em Esteio, pela primeira vez.

POR QUE VALE A PENA PASSEAR NA EXPOINTER? REUNIMOS ALGUMAS DICAS!

As agroindústrias do Pavilhão da Agricultura Familiar fazem parte do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf), coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e executado pela Emater/RS. A 46ª Expointer vai até o próximo domingo (3) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O Pavilhão da Agricultura Familiar funciona todos os dias da feira, das 8 às 20 horas.


A gerente Sônia Salvallaggio e o funcionário Claudio Ciusz Jr, da Casa Cantelli Foto: Rodrigo Martins/Ascom Seapi

Óleo de noz pecã de Bento Gonçalves

"É um processo bem artesanal no qual se extrai o óleo da noz pecã a frio. Então, ele se torna um produto totalmente natural e sem conservantes, mais suave que o óleo de oliva. Pode utilizar nas saladas, nas finalizações dos pratos ou com pãezinhos”, explicou Sônia Salvallaggio, 51, gerente da Casa Cantelli.

Na banca 209 são oferecidas outras aplicações elaboradas através do fruto como a pasta de noz pecã, semelhante à pasta de amendoim, e o chá de casca de noz pecã, indicado para diabéticos. “Além disso, nós temos as nozes naturais, em farelo, caramelizada, caramelizada com canela, caramelizada com coco e a versão agridoce, drágeas com chocolate branco, ao leite e meio amargo”, complementou a gerente.


De Bom Jesus: jovens agricultores Valdevino Alano e Fernanda dos Santos Foto: Rodrigo Martins/Ascom Seapi

Roscas de coalhada de Bom Jesus

De Bom Jesus vem uma receita típica dos tropeiros da Serra Gaúcha. E que também foi passada no seio familiar. “Receita da minha vó, depois passou pra minha mãe e agora está comigo e minha esposa. Um alimento muito utilizada pelo tropeiros, rústico, saboroso e que durava de três a quatro dias numa mala de garupa”, se orgulhou em contar o jovem agricultor Valdevino Moraes Alano, 21, da Agroindústria Sabor da Mata, que está na banca 119.

Ele explicou que a ideia de vender roscas congeladas foi da irmã. “Depois, a gente regularizou a agroindústria e estamos em quase todos os mercados lá da região com esta rosca de coalhada”, disse Valdevino. Outras variedades oferecidas na banca sãos roscas de milho, roscas glaceadas de coco, bolachas champagne, sequilhos de erva-doce, biscoitos amanteigados e biscoito de vento serrano no qual “só vai polvilho, ovo e um pouco de gordura vegetal, uma rosquinha de praticamente vento”, brincou o agricultor.


Felipe de Costa, produtor de alho negro, de Monte Belo do Sul Foto: Rodrigo Martins/Ascom Seapi

Alho negro de Monte Belo do Sul

Também oriunda da Serra Gaúcha, a 15 quilômetros de Bento Gonçalves, uma propriedade rural trabalha com a produção de cogumelo shimeji e alho negro para gerar produtos em mel, geleias e caponatas. “Estamos em nosso primeiro ano na Expointer, com muito orgulho, expondo nossos cinco tipos de produtos à base de cogumelo e alho negro”, vibrou Felipe de Costa, 31 anos, proprietário da De Costa Cogumelos e Alho Negro, que está na banca 16.

“No Brasil, a cultura do alho negro começou em São Paulo e nas regiões centrais do Brasil e aqui no Rio Grande do Sul somos um dos poucos que trabalha e distribui essa cultura”, comentou Felipe. Até o momento, a agroindústria experimentou as variações de mel com alho negro, geleia de alho negro e caponata de shimeji com alho negro.


Casal de pescadores Yanka Rosa e Jucelito de Matos, de Mostardas Foto: Rodrigo Martins/Ascom Seapi

Peixes de Mostardas

O casal de pescadores Jucelito de Matos, 43 anos, e Yanka Rosa, 27, da Mar-Telinho Pescados, do Balneário Mostardense, estão pela primeira vez na Expointer (banca 195). Pedimos para que eles “vendessem seu peixe” e nos contassem o que trouxeram para o Pavilhão da Agricultura Familiar:

“A gente está oferecendo camarões, camarões rosa, filés, filés de pescado, filé de traíra, peixes em posta e bolinhos de peixe”, comentou Yanka Rosa. Tudo isto embalado e pronto para levar congelado para preparar em casa.

Com uma década de atividade, a agroindústria, que hoje emprega noves pessoas, é fruto de uma sucessão familiar: “Começa com meu vô, Zé Leandro, passou para meu pai, Deoclécio, e agora eu. E quero ver se passo para meus filhos, Tiago, Miguel e Josué”, se emocionou Jucelito.

A origem do nome do empreendimento é curioso. Certa feita, há alguns anos, Jucelito saiu para o mar com uma rede de pesca de tainha e acabou capturando um tubarão-martelo. Ao retornar com o enorme peixe, um amigo empolgado criou uma arte e batizou o negócio de “Mar-Telinho”.


Tradição familiar: Rosângela e Gabriel Dias, da vinícola Costa Dias, de Rio Grande Foto: Rodrigo Martins/Ascom Seapi

Jeropiga de Rio Grande

Gabriel Costa Dias, 28 anos, é parte da sexta geração de agricultores que produzem a jeropiga, na Ilha dos Marinheiros, em Rio Grande. Mas o que é a jeropiga?

“É uma bebida de origem portuguesa que é feita do mosto da uva e não tem a fermentação de um vinho e conserva a característica da uva, mais adocicada e com mais sabor. É um pouco mais alcóolica”, elucidou Gabriel. A Jeropiga se compara a um vinho licoroso, tipo vinho do Porto. É uma bebida para tomar como aperitivo ou como uma sobremesa, explica.

Ele participa da feira ao lado do pai e da mãe, Rosângela Dias, proprietários da Agroindústria Costa Dias pelo segundo ano consecutivo. Estão na banca 195. O processo de produção da jeropiga na Ilha dos Marinheiros é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do município de Rio Grande.

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