Um estudo inédito sobre a participação do tradicionalismo no PIB do Rio Grande do Sul foi divulgado nesta terça-feira (10). O levantamento foi realizado pela Universidade Feevale e organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec), com a participação das secretarias de Turismo, Cultura e Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS. A apresentação ocorreu no Parque Harmonia, em Porto Alegre.
A pesquisa se dedicou ao mapeamento de eventos, como rodeios e festas, e itens culturais, como pilchas e alimentos, mostrando como estes movimentam a economia e geram empregos no Estado. Somente em 2023 foram movimentados cerca de R$ 4,5 bilhões em atividades ligadas ao tradicionalismo.
O campeão do ranking de recursos obtidos é o segmento de rodeios, movimentando R$ 2 bilhões. Segundo o autor do trabalho, José Antônio Ribeiro de Moura, economista e professor da Feevale, foram realizados 3.264 rodeios no ano passado, um aumento de 15% em relação ao ano de 2022.
Moura enaltece o movimento realizado pelos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e entidades, onde são cultivadas todas as expressões do tradicionalismo e divulgados o folclore e a cultura gaúcha. “A produção artística do Rio Grande do Sul é rica e proporciona o desenvolvimento do Estado”, ressalta.
O estudo inédito
O estudo teve início em 2023, após a escolha do método de trabalho, formulação de hipóteses, análise dos segmentos do tradicionalismo e definição de coleta de dados, entre outros instrumentos. “A Feevale tem o propósito de construir uma comunidade melhor. Tenho convicção de que, com mais atividades tradicionalistas, conseguiremos fazer isso. Quando apoiamos um projeto como esse, é por entendermos a importância do tradicionalismo e o quanto uma universidade pode contribuir, através de sua cientificidade”, destaca o reitor da universidade com sede em Novo Hamburgo, José Paulo da Rosa.
O titular da Sedec, Ernani Polo, reforçou a importância do trabalho desenvolvido pela Feevale. “É um instrumento fundamentado por meio de um estudo científico, o que dá mais credibilidade para quem vive do tradicionalismo e não tinha números do setor para organizar as suas atividades. É um olhar do tradicionalismo sob a perspectiva de um setor socioeconômico, além de cultural”, avalia.
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Confira o ranking por valores:
– Rodeios: R$ 2 bi
– Festas: R$ 613,4 mi
– Música: R$ 220 mi
– Cavalo crioulo: R$ 1 bi
– Radiodifusão: R$ 2,3 mi
– Projetos culturais: R$ 65,8 mi
– Erva-mate: R$ 396 mi
– Cutelaria: R$ 96 mi
– Churrasco: R$ 106,5 mi
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