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NOVAS REGRAS

Entenda por que vai ficar mais difícil financiar a casa própria pela Caixa a partir desta sexta-feira

Entre as novas regras, Caixa restringe financiamentos imobiliários com aumento no valor da entrada; veja os percentuais

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Publicado em: 01/11/2024 às 10h:31 Última atualização: 01/11/2024 às 10h:37
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O sonho da casa própria pode ficar um pouco mais distante com as mudanças no financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal.

Isso porque, a partir desta sexta-feira (1º), a compra de imóveis precisará de uma entrada maior e um financiamento menor. 

O motivo são as novas regras nas condições de financiamento para imóveis de até R$ 1,5 milhão.

Mudança no financiamento da casa própria pela Caixa tem novas regras  | abc+



Mudança no financiamento da casa própria pela Caixa tem novas regras

Foto: Freepik

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A medida ocorre por conta de uma maior restrição para a concessão de crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

A mudança no SBPE, segundo a Caixa, decorre do aumento da procura de financiamento e retiradas da poupança.

O que muda para os mutuários?

  • Terão que dar uma entrada maior e financiar um percentual mais baixo do imóvel.

Percentuais de aumento

De acordo com as novas regras, pelo SAC – Sistema de Amortização Constante em que a prestação cai ao longo do tempo, o banco só vai financiar 70% do valor do imóvel, em vez dos atuais 80% de amortização.

A entrada será de 30% do valor do imóvel. Ou seja, se um imóvel custa R$ 100 mil, a pessoa tem que dar R$ 30 mil de entrada; e a Caixa vai financiar os outros R$ 70 mil.

Pela tabela Price, em que as prestações são sempre iguais, o teto diminuirá de 70% para metade, 50% do total do imóvel. Nesse caso, no imóvel de R$ 100 mil, a entrada de R$ 50 mil.

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Limite de valor

O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, mas as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.

Além disso, a pessoa não pode ter outro financiamento ativo no banco.

Quem será afetado

Segundo a Caixa, as mudanças se aplicam a futuros financiamentos e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, em que o banco financia diretamente a construção, as condições atuais serão mantidas. A instituição financeira concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE.

Em nota emitida há duas semanas, o banco justificou as restrições porque a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis. No SBPE, o banco concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

“A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, explicou o banco em nota oficial.

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Falta de recursos

O aperto na concessão de crédito habitacional decorre do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início do ano. Caso não limitasse o crédito, a Caixa teria de aumentar os juros.

Segundo o Banco Central (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas.

Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados. Ainda não está claro se as mudanças serão revertidas em 2025, quando o banco tiver novo orçamento para crédito habitacional, ou se parte das medidas se tornarão definitivas no próximo ano.

Com informações de Agência Brasil e Banco Central.

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