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ECONOMIA

"Big Bang da moda brasileira": Entenda como fica operação após fusão entre Arezzo e Grupo Soma

Nova companhia selou oficialmente acordo e mira no mercado internacional

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 06/02/2024 às 12h:37 Última atualização: 06/02/2024 às 13h:05
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A fusão entre a a Arezzo & Co e o Grupo Soma foi anunciada oficialmente na última segunda-feira (5). Ao unir as bases acionárias, a companhia conjunta terá faturamento de R$ 12 bilhões e valor de mercado de R$ 13 bilhões, ficando atrás apenas da Renner. “Vocês estão celebrando o maior Big Bang da moda brasileira, que é o início de uma nova era”, afirmou Alexandre Birman, que é o atual CEO da Arezzo, durante o anúncio.

Marcello Bastos, co-fundador da Farm; Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co; Katia Barros, cofundadora e diretora criativa da Farm; Roberto Jatahy, CEO do Grupo Soma; Rony Meisler, co-fundador da Reserva e CEO da AR&Co | abc+



Marcello Bastos, co-fundador da Farm; Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co; Katia Barros, cofundadora e diretora criativa da Farm; Roberto Jatahy, CEO do Grupo Soma; Rony Meisler, co-fundador da Reserva e CEO da AR&Co

Foto: Reprodução Instagram

Na prática, o Grupo Soma, detentor da Hering e das grifes Farm e Animale, será incorporado pela Arezzo&Co, dona das marcas de calçados Arezzo e Schutz – pelo acordo, os acionistas da Arezzo&Co serão titulares de 54% e acionistas do Grupo Soma de 46% do capital social da nova companhia.

A governança já foi definida, ela será comandada pelos atuais acionistas de referência da Arezzo&Co e do Grupo Soma. Alexandre Birman será o CEO e Roberto Luiz Jatahy Gonçalves o CEO da business unit de vestuário feminino. Já Rony Meisler, permanecerá como CEO da business unit AR&Co e Thiago Hering seguirá como CEO da business unit Hering.

A operação terá quatro verticais de negócios: calçados e bolsas; vestuário e lifestyle feminino; vestuário e lifestyle masculino; e vestuário democrático. Com a fusão, a nova empresa contará com um total combinado de 559 lojas e 1.520 franquias. Em relação ao número de colaboradores, ele deve passar de 21,8 mil.

“Essas quatro empresas terão independência total nas suas operações, mas, com a criação dessa nova companhia e com esses ‘c-levels’, haverá uma nova cultura, mas respeitando a forma blindada e peculiaridades de cada unidade”, destacou Birman.

O negócio ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Mercado internacional

A nova companhia, que ainda não tem um nome oficial, mira agora nas exportações. “Estamos criando o maior grupo de moda da América Latina. O sonho grande é uma coisa global, internacional. Já pensamos muito na América Latima, mas queremos aumentar ainda mais o nosso mercado endereçável”, adiantou Roberto Jatahy, do Soma.

O início da negociação

Durante a entrevista coletiva na última segunda (5), Jatahy confidenciou que as negociações para a fusão tiveram início há quase três anos, quando os dois conglomerados disputaram o controle da Hering.

De lá para cá, foram 15 encontros entre as duas empresas e inúmeras ligações recorrentes até traçarem o acordo final, explicou Jatahy.

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